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Rondonópolis
, 16 maio 2024
 
 

Dura, triste e cruel realidade

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No exercício do cargo de presidente do Brasil, o vice de Bolsonaro, Hamilton Mourão, que é general da reserva do Exército, admite que em alguns lugares do Brasil, as forças policiais do Estado vivem uma guerra contra o narcotráfico. Para Mourão, as narcoquadrilhas que operam no Brasil viraram uma guerrilha. Ele chegou a fazer uma comparação com a Colômbia, dizendo que é a mesma coisa que as Forças Revolucionárias da Colômbia (FARCs). O assunto, inclusive, foi veiculado pelo A TRIBUNA em sua edição de ontem.

O mais grave de tudo isso é que, conforme mencionado pelo próprio presidente em exercício, em consequência dessa “guerra”, podem acontecer tragédias como a da morte da menina Ágatha Félix, de 8 anos, baleada com um tiro nas costas, quando estava dentro de uma Kombi com o avô, na comunidade da Fazendinha, Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro e que ganhou grande repercussão em todo o país. Imagina! Uma criança, no auge da sua inocência, perde a vida assim, de forma tão estúpida, num suposto fogo cruzado entre traficantes e policiais.

A inocente se foi. A família e amigos ficam sem sequer saber de onde partiu o tiro, como também sem saber como o Estado brasileiro permitiu que estas organizações criminosas pudessem chegar a esse patamar, estruturadas como as guerrilhas, com forças que atuam no combate aos organismos de segurança, forças de apoio e de sustentação, incluindo médicos, advogados e sistemas para lavagem de dinheiro, conforme mencionado pelo próprio Mourão.

O presidente em exercício só não falou de que forma o Brasil vai agir, de agora em diante, para quebrar a espinha dorsal dessas narcoquadrilhas. Talvez seja uma questão de segredo de Estado. Tomara que seja mesmo, pois o que se vê é que as políticas públicas do Estado para combater o crime só têm gerado mais violência e mortes, sendo completamente ineficazes como mecanismo de diminuir o poderio dessas quadrilhas e de garantir a segurança dos cidadãos.

Enquanto isso, estamos perdendo as Ágatha do Brasil com um tiro que ninguém sabe de onde veio, como veio, como foi disparado e quem disparou. Dura, triste e cruel realidade.

 

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