Um dos critérios usados para se definir as boas cidades para se viver é a quantidade e a qualidade de áreas públicas voltadas para o lazer da população, critério esse em que nossa cidade está muito mal colocada, por conta da pequena quantidade de espaços públicos como praças e parques e, principalmente, por conta do péssimo aspecto e estado de conservação dessas nossas áreas públicas verdes.
Nesta edição de quarta-feira (25), o A TRIBUNA publicou uma matéria em que o secretário de Esportes do Município anuncia a compra de novos equipamentos para as academias populares e a reforma de dezenas de quadras poliesportivas, mas não se fala em construir ou reformar praças nos bairros, onde a maior parte da população vive e onde deveria haver muitos desses espaços públicos.
A situação é ainda mais grave diante do acelerado crescimento da quantidade de conjuntos habitacionais do “Minha Casa Minha Vida”, com novos bairros com centenas e até milhares de novas moradias, mas em sua maioria sem nenhuma praça ou área voltada para o lazer da sua juventude e população em geral.
É urgente que a Prefeitura procure formas de viabilizar recursos para construir novas praças nas comunidades carentes das áreas públicas, até como forma de valorizar as pessoas que moram nessas localidades, assim como precisa viabilizar a reforma das praças existentes, em sua maior parte antigas, com péssimo aspecto e sem nenhuma acessibilidade, carentes de parquinhos e outros atrativos para as famílias que insistem em ir até elas.
Uma boa ideia seria voltar ao debate de propostas como o da adoção de praças por parte do empresariado, que poderia em troca abater parte dos valores investidos dos seus impostos a pagar ou divulgar sua marca e seus produtos no espaço. Talvez não interesse aos empresários investirem grandes valores e custearem as reformas de importantes praças, mas, com certeza, interessaria a muitos empresários investir na manutenção e no embelezamento de praças reformadas pelo poder público, de forma que todos, poder público, empresariado e população, ganhem.
Mais do que despesa ou simples gasto, investir em praças públicas é um investimento na qualidade de vida da população da cidade.
