Iniciado em 2014 em Rondonópolis, o Curso de Medicina na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) era para ser um motivo de grande orgulho para todos os rondonopolitanos. Contudo, ainda não é por culpa de quem deveria garantir a estrutura necessária para seu funcionamento, no caso o Governo Federal.
Em quase quatro anos de atuação, a existência desse curso ainda é desconhecida de grande parte da população. Contudo, o que mais incomoda é saber que a estrutura prometida ainda não foi fornecida. Em primeiro lugar, conforme o Jornal A TRIBUNA tem noticiado há anos, o curso não tem um prédio próprio, cuja construção está emperrada e sem previsão de conclusão.
Se não bastasse viver como “nômade”, o curso de Medicina enfrenta agora mais um grande obstáculo conforme noticiado pelo A TRIBUNA neste fim de semana. Trata-se da necessidade da complementação do quadro de professores. Os alunos cobram que o governo faça a contratação de 30 preceptores que possam acompanhá-los nas atividades integrantes da grade curricular a partir do quinto ano.
Caso não seja autorizada a abertura dessas novas vagas para docentes, os alunos que estão hoje no quarto ano do curso correm o risco de ficarem sem aulas a partir do próximo ano. Isso seria péssimo para os alunos, a maioria brasileiros de várias regiões do Brasil que vieram estudar o tão sonhado curso de graduação em Rondonópolis.
É lamentável que, diante das mudanças políticas nos últimos anos, o Governo Federal esteja deixando desassistido o ensino superior público no Brasil. Cursos recém-criados como o de Medicina em Rondonópolis estão sofrendo e tendo que viver de quebra-galhos, seja na estrutura física e ou com o quadro incompleto de professores.
Não podemos esquecer que os alunos do curso de Medicina local também enfrentarão mais um quebra-galho para vivência prática da profissão, pois Rondonópolis não conta com um Hospital Universitário. No final das contas, sobra para nossos parlamentares federais a tarefa de contornar essas deficiências do Governo Federal, o que esperamos que eles consigam.
De qualquer forma, o que era para ser um grande motivo de orgulho, vem se tornando uma grande decepção, fazendo aqui a ponderação de que alunos e professores nesse curto espaço de tempo têm feito o seu papel e demonstrado um alto nível de qualidade e de rendimento. Uma pena tudo isso…
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