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“Estado paralelo”

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A Polícia Civil deflagrou mais uma operação contra uma das facções criminosas que atuam dentro e fora dos presídios do país, que encontrou no Estado de Mato Grosso um bom lugar para disseminar sua filosofia. Percebe-se isso pelo número de membros e poderio que só aumentam, seja dentro ou fora de nossas unidades prisionais.
A operação “Panóptico” não foi a primeira, não será a última. O crime organizado cresce em nossa cidade, cresce no Estado e cresce no Brasil. São ações comandadas de dentro das penitenciárias, ordens de detentos que não deveriam ter contato com o mundo externo, mas continuam cometendo crimes.
O tempo em que pela televisão observávamos as notícias das facções agindo no Rio de Janeiro e em São Paulo já passou. Elas chegaram até nós, agem em nossa realidade, fazem parte do nosso cotidiano. Não pense que as ações estão restritas à penitenciária Mata Grande, pois grande parte do que acontece aqui fora, que atormenta a nossa cidade, vem de lá de dentro.
O que fez as organizações criminosas crescerem tanto e hoje serem uma realidade em todo o Brasil? Grande parte da culpa está na omissão do Estado brasileiro. A questão nem é totalmente restrita ao universo das drogas, ao poderoso negócio que prospera, mas ao pouco caso do Estado em relação à periferia, em geral tratada com desprezo ou superficialidade.
Um ambiente de pobreza e exclusão social, favorável a intervenções dos grupos criminosos (facções) que formam o chamado “Estado paralelo”. Foram anos de exclusão da população que fortaleceu o poder das organizações, hoje, um poder que o Estado vem enfrentando enormes dificuldades para controlar.
O sistema penitenciário é um palco de violência, poder e preconceito, entre os apenados e a segurança, criando relações tensas, baseadas em ódio e poder. O cárcere não ressocializa ninguém.
Já parou para pensar porque os aparelhos celulares e tantos outros materiais entram com facilidade nas penitenciárias? Já parou para pensar porque bloqueadores de sinal não são instalados? Será só corrupção e falta de recursos, ou será que o Estado não tem coragem de enfrentar as facções criminosas? Sabemos o que acontece quando esse tipo de afronta ao poder deles acontece.
Restou ao cidadão comum observar o Brasil de castas. A casta dos milionários, dos políticos e do poder, da Justiça e a das facções criminosas. Se você não está em nenhuma delas, saiba que é o alvo então.

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