O comércio informal volta aos holofotes em Rondonópolis, já que as entidades que representam os comerciantes retomaram as discussões sobre o assunto, junto aos representantes do poder público. O tema, que durante a gestão anterior rendeu muita discussão, depois de um tempo “esfriado”, volta à cena. Na última reunião realizada, os representantes da classe dos comerciantes pontuaram que o comércio ilegal não gera receita para o município, prejudica quem trabalha dentro da legalidade e prejudica até mesmo o consumidor que fica sem respaldo diante de possíveis problemas com o produto adquirido. Eles pontuaram ainda que o processo de fiscalização no município precisa ser intensificado.
O Brasil vive uma crise política e econômica, e embora a economia aparentemente esteja conseguindo se desvincular do mar de lama político, a situação ainda é difícil. Difícil porque o número de desempregados ainda é gritante, e as pessoas estão tentando sobreviver da forma que podem. Isso, claro, tem reflexo no número de trabalho informal, especialmente na região central da cidade.
O aumento desse tipo de comércio é inquestionável, mas convenhamos que existe uma razão para isso. A preocupação dos empresários e comerciantes é absolutamente justificável. Enquanto os mesmos arcam com os enormes custos tributários e trabalhistas, o trabalhador informal segue vendendo seus produtos com preço bem mais acessível, tornando o comércio desigual. Muitas vezes, o informal está até mesmo na frente do comércio formal, oferecendo o mesmo produto, mas com um preço em que impostos não estão inclusos.
A discussão é grande e o problema para o poder público solucionar não é nada fácil. Como atender a justa reivindicação dos empresários sem impossibilitar que os informais trabalhem? Como possibilitar o trabalho dos informais sem que isso atrapalhe aqueles que estão pagando impostos para operar o negócio?
É necessário diálogo e soluções. Não dá simplesmente para “patrolar” os trabalhadores, assim como não há como manter a concorrência desleal. Neste caso, aparentemente, a solução seria a formalização daqueles que estão ilegais, por isso, o Município precisa agir. Tentaram na gestão passada, mas não tiveram força o suficiente. E agora, será que a solução vem? Na história, de consenso mesmo, apenas a certeza de que todo mundo precisa trabalhar.
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