Ar impuro…

O clima em Rondonópolis não anda dos mais agradáveis. O calor é intenso, a umidade relativa do ar está baixa, o sol mais parece que abraçou a cidade e a temperatura segue subindo. Como se não bastasse tudo isso, as constantes queimadas em terrenos baldios e ecopontos contribuem para deixar as coisas ainda piores. Agora, uma queimada na reserva indígena Tadarimana, que começou na terça-feira (29), promete deixar o ar irrespirável. O fogo, que inspirava cuidados, ontem (31) ganhou maiores proporções e a fumaça pode ser vista de várias regiões de Rondonópolis. Moradores de locais como o Residencial Altamirando e Jardim Atlântico, já estão sendo afetados pelo cheiro, além do ar impuro. A preocupação agora, claro, fica por conta da fumaça invadir a cidade, algo que certamente acontecerá caso o fogo não seja controlado. A torcida, é claro, é para que isso não aconteça.
Geralmente as queimadas são provocadas pelo homem, e têm como principal objetivo preparar o solo para a agricultura ou mesmo destruir a vegetação para que seja possível criar pastos para animais. Seria possível que o fogo tenha sido ateado de forma proposital por grileiros? Não se sabe, já que os moradores da Tadarimana vivem, aparentemente, em harmonia com toda a vizinhança. Seria algum outro fator que desconhecemos a causa desse incêndio? Como ele começou? Perguntas sem respostas. O fato é que, ano após ano, em época de estiagem, a reserva indígena é alvo de queimadas. Até hoje, nenhuma explicação sobre o que pode ter motivado o fogo foi oferecida. Começou de forma acidental, ou é criminoso? Ninguém sabe.
Além do incômodo e das consequências para a saúde da população da cidade, moradores da zona rural e os indígenas, os danos ambientais também são graves. Animais precisam fugir, outros animais morrem e a vegetação é destruída. Ninguém sai ganhando, nem o homem, muito menos a natureza.
Por isso, mais do que evitar, mais do que combater quando acontece, seria interessante também descobrir a motivação. Punir os responsáveis e evitar chegar a esse ponto. Fica o desejo para que o trabalho daqueles que atuam no local seja bem sucedido e, população e meio ambiente sofram o menos possível durante mais esse incidente.