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Rondonópolis
, 23 maio 2024
 
 

Faca de dois gumes

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Ao que tudo indica, o prefeito eleito Zé Carlos do Pátio, em sua gestão que inicia no próximo dia 1º, terá um verdadeiro “abacaxi” para resolver em relação à licitação do transporte coletivo de Rondonópolis. Conforme noticiado ontem pelo Jornal A TRIBUNA, nenhuma empresa apresentou proposta na licitação aberta pela Prefeitura nesta semana para definir a nova concessionária do serviço de transporte coletivo na cidade.
Trata-se de uma situação extremamente difícil de ser resolvida. De um lado, existe a alegação que o edital da licitação, com as exigências a serem postas em prática pela nova concessionária, não estimula a atração de novas empresas para a cidade. Sem contar o número de usuários em queda a cada ano, a nova empresa terá que arcar com muitas melhorias, como disponibilização de ar-condicionado nos ônibus, construção de 150 novos abrigos para passageiros, construção de três terminais de integração, acessibilidade nos veículos para deficientes físicos, sistema de bilhetagem eletrônica, implantação de novas tecnologias, entre outras.
Por outro lado, se tirarmos as exigências (ou grande parte delas) previstas no presente edital, o sistema de transporte coletivo rondonopolitano continuará da mesma forma e, com isso, dificilmente, conseguirá atrair novos usuários, impossibilitando o crescimento do sistema. Apesar dessa faca de dois gumes, não podemos deixar de lutar por um transporte coletivo melhor, que traga ganhos aos usuários. Nesse sentido, pelo visto, é possível antever que vão fazer de tudo para que um edital com menos exigências seja lançado para ser licitado, o que deve favorecer simplesmente a continuidade no mercado da empresa que opera atualmente.
Cientes dos benefícios e da necessidade de investir no transporte público, até para evitar o caos no trânsito com o crescimento contínuo de Rondonópolis, é que defendemos que o edital para a nova concessão realmente possa trazer avanços para o sistema e, consequentemente, para os usuários da cidade. Afinal, não podemos andar na contramão dos países desenvolvidos que têm investido grandemente no transporte coletivo e de bicicletas! Se permanecermos focados no transporte individual, inviabilizaremos nossas cidades, com seu sistema viário.
Encontrar uma solução para esse “abacaxi” não vai ser fácil, mas tomara que não seja dada a resposta mais simplista à sociedade!

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