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Rondonópolis
 
 

Não podemos nos acostumar com isso

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Ao ler, ou assistir, é comum nos defrontarmos com notícias sobre crimes que chocam por sua astúcia e crueldade em Rondonópolis. Não é normal, mas é comum. Infelizmente a cidade aprendeu a conviver com a violência, mas o que a sociedade não pode é se acostumar. Com índices de homicídios que a tornaram a 3ª cidade mais violenta do Centro-Oeste brasileiro (pela proporção de habitantes), o crescimento de crimes como roubos e assaltos tem deixado muita gente assustada no Município. É o caso dos comerciantes, que nos últimos dias têm se queixado, com razão, da onda de assaltos, inclusive cobrando das autoridades policiais da cidade mais rigor na situação.
O governador Pedro Taques, em sua visita a Rondonópolis esta semana, disse à imprensa que com a queda no número de homicídios registrados está acontecendo uma migração para os roubos e furtos, mas que tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar estão trabalhando. Também ressaltou que melhorou o quadro de servidores e viaturas, e que mais devem chegar à cidade em breve.
É fato que melhorou, mas a mudança ainda não foi sentida pela população. Rondonópolis continua com um grave problema de efetivo e de viaturas para o patrulhamento da cidade. O número de escrivães e investigadores também cresceu, mas ainda não é o suficiente visto a dimensão e o índice de criminalidade. É preciso que os bons policiais que atuam na cidade tenham respaldo e estrutura, para começar a ver a mudança que Rondonópolis precisa. Hoje, a cidade tem uma população amedrontada, que pensa três vezes antes de sair de casa e que também não está segura em casa.
Com certeza, o combate à violência é um dos nossos maiores desafios. É preciso que o Estado reforce nossas polícias e nossa estrutura, mas que também trabalhe a área de prevenção. É fundamental oferecer, por exemplo, aos nossos jovens, que estão em grande número nas ocorrências policiais, alternativas concretas para que possam se desenvolver plenamente.
Temos que melhorar nossas políticas públicas em setores como educação, saúde, moradia, transporte, esporte, cultura e lazer. O esforço em diminuir a incidência de crimes envolve não só a ação policial ou assistencial, mas uma cooperação entre diversas áreas como o sistema educacional, de Justiça Criminal, atividades culturais, condições para se desenvolver longe do crime. É válido lembrar que não são apenas os mais desfavorecidos socialmente que são criminosos, o crime está em qualquer classe social, mas são eles os mais carentes da presença do Estado.
Não dá para jogar a culpa do crime na polícia quando todas as outras áreas estão falhando. Precisamos, portanto, de união entre as áreas para que esse problema que está no topo das preocupações dos rondonopolitanos seja amenizado.

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1 COMENTÁRIO

  1. Enquanto o cidadão de bem continuar desarmado, a bandidagem vai continuar de vento em popa. O Estatuto de Desarmamento é retrocesso em uma democracia.

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