Promessas e mais promessas

Um dos símbolos do “título” de “capital das obras paradas”, informalmente dado a Rondonópolis, é a canalização do Córrego Canivete, na região da Vila Operária, com ordem de serviço desde o ano de 2010, ainda na gestão do então governador Blairo Maggi.
Desde então, a obra de canalização do Córrego Canivete passou por uma sucessão de problemas e imprevistos, com inúmeras paralisações. O fato é que, infelizmente, passados seis anos, a obra não passou de pouco mais de 300 metros finalizados, de um total de 2,7 quilômetros.
Nos últimos anos, a canalização do córrego está parada e a gestão estadual vem tentando, a passos de tartaruga, equacionar os problemas burocráticos e retomar a obra. Mesmo assim, desde sempre, a comunidade tem recebido inúmeras promessas que não se concretizam.
Aliás, são tantas promessas não cumpridas que a sociedade fica com um pé atrás em cada afirmativa de resolução dos problemas relativos à canalização do córrego. Vale lembrar que o último cronograma estabelecido pelo Governo do Estado não se tornou realidade – a previsão era que os serviços fossem retomados no dia 1º de junho deste ano.
Agora, conforme noticiado pelo Jornal A TRIBUNA, o Governo do Estado anuncia a abertura de mais uma licitação para contratação de nova empresa para retomada das obras. Se essa nova empreitada vai prosperar, só Deus sabe. Contudo, enquanto opinião pública, não podemos deixar de enfatizar a necessidade desse serviço e a sua conclusão.
A não-canalização do Córrego Canivete gera risco de inundações em moradias próximas, de estragos em vias na região e de disseminação de doenças decorrentes da falta de saneamento. Passado tanto tempo é uma questão de honra ver essa benfeitoria concluída e atendendo a comunidade.
Ainda não há nenhuma previsão de data para retomada dessas obras, mas vamos continuar acompanhando e cobrando que a canalização desse córrego seja entregue ainda que tardia. Ademais fica o exemplo para evitar situações morosas e vergonhosas como essa que deixam a todos grandemente desapontados com nossos gestores públicos.