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Seria o fim do ciclo?

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Em discussão desde meados de 2015, o Sistema de Ensino Ciclado em Mato Grosso, implantado no Estado há mais de 10 anos, aparece no relatório preliminar das audiências públicas realizadas pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) com uma possibilidade de ser mantido. A discussão acerca do tema é grande, já que existe um consenso entre educadores e o próprio Governo do Estado, de que a deficiência no aprendizado dos alunos do ensino fundamental de Mato Grosso é notável.
O atual ciclo, apesar de moderno, não está atendendo os estudantes. Não existe a reprova dos alunos no ensino fundamental, que acabam passando de ano sem aprender. Chegando ao fim do ciclo, há jovens que não tem condições de avançar para o ensino médio.
De acordo com dados da própria Secretaria de Educação do Estado (Seduc), 99% dos alunos do 6º ao 9º ano não atingiram a proficiência desejada em Língua Portuguesa, em 2013. Na disciplina de Matemática, 100% dos alunos dos mesmos anos citados acima não apresentam proficiência. O sistema tem sido questionado por profissionais da educação, pais e estudiosos do tema.
A atitude da Assembleia em debater com a sociedade uma mudança, é louvável. Há falhas graves na educação, elas estão sendo discutidas. Outro fator positivo, é que o Sindicato dos Trabalhadores da Educação está participando das audiências públicas, como deve ser.
Dentro de toda essa discussão, o que se espera é que todos os envolvidos, mesmo que mantenha o ensino ciclado, apresentem as correções necessárias para ele. É fato que quando o aluno é automaticamente aprovado, o desestímulo ao estudo pode acontecer.
Há também outro problema, ao chegar ao ensino médio, onde a educação é seriada, há uma grande evasão, o que contribui para o baixo desenvolvimento de Mato Grosso em nível nacional.
Além da aprovação direta dos alunos, outros pontos também devem ser estudados pela Assembleia e o Estado. Há que se adequar e realizar mudanças no sistema, mas há também que se melhorar o efetivo de pessoal profissionalizado, melhorar a infraestrutura das escolas e oferecer formação continuada aos professores da rede, por exemplo.
Quando se fala que o aluno passa de ano sem aprender, tende-se a criar uma visão que culpabiliza os educadores pelos fracassos na aprendizagem. As faltas e falhas do Estado raramente são lembradas nessas ocasiões. Por isso, se espera melhores condições para os profissionais, escolas adequadas para os estudantes e um sistema de ensino que realmente funcione.

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