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Rondonópolis
 
 

“Fábrica” de ganhar dinheiro

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Desde dezembro de 2014, funciona a empresa vencedora da licitação que opera o Pátio Rondon, local para onde são enviados os veículos apreendidos em Rondonópolis. A oferta do serviço no município, que funciona por meio desta concessão à iniciativa privada, é, para a prefeitura, uma maneira de resolver os problemas da falta de espaços para veículos apreendidos na cidade, para a diminuição da criminalidade e dos acidentes de trânsito. Passado quase um ano do início da operação, pouco se viu de efetivo em benefício à comunidade e o espaço físico do pátio está lotado porque os proprietários não têm condições de retirá-los.
A conta é simples: pagamento da regularização de documentos, pagamento do serviço de guincho, pagamento de diárias… O resultado são veículos acumulados com proprietários que, muitas vezes, não vão mais conseguir resgatá-los. É importante lembrar que não se trata de uma defesa de condutores que estão em desacordo com a lei, afinal, todo contribuinte deste país sabe que para possuir um veículo, ele precisa estar em dia com a sua carteira de habilitação e em dia com os impostos e valores referentes ao seu bem. Agora, apreender o veículo do cidadão é fazer disso uma ‘fábrica’ de ganhar dinheiro, também não é admissível.
O que se defende aqui é o direito de reaver o seu veículo legalmente, porém de maneira justa. O vereador Thiago Silva (PMDB) cobrou da prefeitura uma revisão do contrato de concessão. De acordo com o parlamentar, existem situações em que o valor da diária já está mais alto do que o do veículo e, em outros casos, está mais caro o valor devido ao pátio do que a regularização da documentação.
Thiago pede que a empresa ofereça condições de parcelamento da dívida, para que o proprietário tenha, pelo menos, uma chance de recuperar seu bem. Outra cobrança é a cobertura do pátio. Assim que tem o veículo apreendido, o proprietário já tem uma conta alta para pagar e ainda tem que lidar com o seu veículo exposto ao sol, chuva, sereno… Se temos que pagar, que pelo menos a empresa ofereça infraestrutura.
Os valores cobrados pelo Pátio Rondon têm sido, desde o início, questionados pela sociedade. Sempre tem alguém que vai dizer “deveria ter feito isso antes da concessão”, “tem que cumprir o contrato”, “estava previsto em edital”… Nada nessa vida é definitivo, e principalmente no caso do que é público, sempre é tempo de repensar, reconstruir, mudar! O que não dá para aceitar é que empresas vencedoras de licitações façam o que bem entender em Rondonópolis.

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