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Caos pelo caos, não!

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Qualquer cidadão pode expressar contrariedade com o atual governo. Qualquer cidadão pode, inclusive, defender que a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, renuncie ao seu posto. Mas, trancar rodovias alguma vez resolveu o problema de alguém? Há meios democráticos, e a greve legítima é um deles, de negociar, alcançar demandas e propor mudanças. Mas, no caso de greve que bloqueiam estradas, a linha entre lutar por melhorias e prejudicar a população é bastante tênue.
Sabe-se que os transportadores autônomos enfrentam uma situação de total fragilidade, pela crise econômica, pelo aumento de custos e dos combustíveis, pela queda nos preços dos fretes e pela incapacidade de pagar em dia empréstimos tomados para adquirir caminhões. Os caminhoneiros são também, como todos nós, vítimas da estagnação econômica do país.
Mas, o fato de serem vítimas da condução da economia pelo Governo Federal os autoriza a atingir a população em geral? Em um país que optou pelo transporte rodoviário em detrimento de suas malhas ferroviária e hidroviária, e que depende sim dos caminhoneiros, uma greve que bloqueia estradas tem grandes efeitos que serão sentidos exatamente por quem está na mesma “barca” que os caminhoneiros, a população.
Diferente da greve anterior, que tinha um foco, lideranças, entidades e reivindicações claras e aceitáveis, a greve desta vez, como se pode perceber, tem mais cunho político. Os líderes, parecem mais fantoches. Dizem que a manifestação é contra o recente aumento do óleo diesel, além de pedir a definição de um valor mínimo para o frete, mas não é bem o que parece para quem olha de fora.
Quem são os líderes? Até agora, o que se sabe é que se trata de uma greve organizada pelo Whatsapp e Facebook. O tal Comando Nacional dos Transportes (CNT) sequer é reconhecido pelas outras entidades do ramo no país. Ivar Luiz Schmidt, que se diz o líder do CNT, ninguém sabe de onde veio ou para onde vai, sabe-se apenas que ele organiza protestos por meio de redes sociais.
É um tipo de manifestação, que parece bastante irresponsável. Interromper toda a economia brasileira, prejudicar o direito de ir e vir do cidadão, ou causar uma crise de desabastecimento de graves proporções, com riscos inclusive à saúde da população? Falta aos grevistas o senso de proporcionalidade. É urgente que eles se deem conta disso e passem a negociar sem ameaçar a sociedade com as consequências de seus atos. É preciso buscar formas mais inteligentes de se protestar.

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