O nosso grito de liberdade

A Semana da Pátria é um momento dedicado a homenagear as pessoas que participaram do processo de independência do Brasil. Com desfiles e atividades cívicas nas escolas e nas cidades, a população relembra o dia 7 de setembro de 1822 quando, às margens do Riacho Ipiranga, em São Paulo, o príncipe D. Pedro I, autoridade máxima do país na época, disse a famosa frase: “Independência ou morte”, para que o Rei de Portugal não mandasse mais no Brasil. Muitos questionam o fato do Brasil ter conseguido sua independência sem dar um único tiro ou derramamento de sangue, alguns contam que havia, inclusive, uma piada de que a independência do Brasil veio pelo correio. Brincadeiras a parte, o fato é que somos independentes, mas essa independência depende sempre de pontos de vista.
No Brasil que temos as possibilidades de participação na construção de um país para todos, com justiça e igualdade, ele existe? A cidadania está apenas no papel, isso deforma e esmaga parte da população brasileira, a miséria é renegada, a falta de moradia, de emprego e de educação estão escancaradas. Violência, destruição da natureza e o nosso grande e principal mal: a corrupção. Ter tantos problemas não nos faz pelo menos reféns? Aqui, não se é livre por completo. Mas, claro, diante de atrocidades de regimes ditadores e de guerras que dilaceram populações, a nossa verdadeira liberdade parece um pouco mais fácil de conquistar.
A Semana da Pátria começa em um momento bastante delicado do país. A crise anunciada é grande, a crise política é maior e a roubalheira do dinheiro público não tem precedente. É preciso procurar, muito bem, ânimo para se comemorar alguma coisa neste momento. Mas claro, como bons brasileiros que somos, nos resta ter esperança. Queremos viver num país próspero, confortável e seguro. No entanto, para que isso seja uma realidade, é preciso que todos deem sua parte.
Uma casa agradável para morar deve ser bem arrumada, ter boa iluminação e ventilação, além de muita proteção e amor. Esse ambiente propício é decorrente das ações dos seus moradores, que se não tiverem ordem e disciplina, não conseguem manter o bom funcionamento do seu lar. Com a nação não é diferente. Somos responsáveis pelo lugar onde vivemos. Somos os responsáveis pela ordem e pelo progresso que queremos. Portanto, já passou da hora de darmos nosso grito de liberdade, mas de liberdade de verdade!