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Greves e seus prejuízos

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Deflagrado normalmente para reivindicar a garantia dos direitos de uma determinada categoria, como melhores condições de trabalho e aumento de salário, o movimento paredista tem sido motivo de polêmica e indignação. Iniciada no Brasil ainda no século XIX e reforçado no começo do século XX, com a Greve Geral de 1917, essa luta de classes vem dividindo opiniões dos trabalhadores e da população, principalmente em relação aos seus limites e prejuízos. Observamos, não só a criação do direito de greve, mas a empreitada penosa pela defesa dos direitos e acolhimento de suas reivindicações. Entretanto, a conveniência de deflagração do movimento grevista para ser considerada legal sofre restrições, sendo exigidas algumas premissas. Conforme a lei de greve, somente após “frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho”.
Não há dúvida que muito ainda precisa ser feito para melhorar a classe trabalhista, entretanto, se faz necessário a criação de medidas alternativas na luta de garantia de direitos, para que não haja mais prejuízos e atraso à sociedade. Infelizmente, a greve atinge a população mais carente e sofrida.
Em Mato Grosso, os Servidores Público Federais da UFMT, INSS e TJ, estão paralisados por tempo indeterminado. A reivindicação da classe é pelo aumento de 27,5%, pago de uma só vez, em vez da proposta do governo Dilma Rousseff de corrigir os salários em 21,3%, em quatro pagamentos até 2019. Em reunião realizada ontem no Ministério do Planejamento, os servidores rejeitaram a proposta do governo, que sinalizou que poderá rever parcialmente sua oferta e deverá convocar novo encontro até o dia 21.

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  1. O jornal em seu editorial demonstra a mesma postura da maioria da grande mídia quando trabalhadores lutam por garantir direitos que estão sendo usurpados e decidem fazer greve. Dizer que a greve traz prejuízos e quem sofre é a população vitimada é discutir o problema a partir de um único ponto de vista. Neste caso, um ponto de vista conveniente à manutenção das desigualdades de direito e de expressão. A greve dos professores não é oportunista, mas pautada em uma série de revindicações que não se limitam ao aumento salarial. Por favor, procurem pautar seus editoriais em opiniões melhor fundadas e menos reducionistas.
    Agameton Ramsés Justino – Professor da UFMT

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