Contribuição feminina

Aproveitando o recente transcurso do Dia Internacional da Mulher (08/03), achamos conveniente jogar luzes na reflexão exposta pelo Jornal A TRIBUNA, por ocasião da data, mostrando que ainda existe uma baixa representatividade feminina em cargos eletivos em Rondonópolis e em Mato Grosso.
Colhendo os resultados das urnas, não há nenhuma mulher eleita vereadora no atual mandato da Câmara Municipal em Rondonópolis e, até hoje, nunca o município elegeu uma mulher como prefeita. Da mesma forma, em âmbito estadual, a nova composição da Assembleia Legislativa possui apenas uma mulher eleita e, até hoje, nenhuma mulher foi eleita governadora.
Interessante que os entrevistados pelo A TRIBUNA têm uma visão bem parecida, demonstrando da necessidade de um maior engajamento das mulheres na política partidária. A legislação eleitoral garante espaços para as mulheres, a exemplo do preenchimento de 30% das vagas das candidaturas nas eleições para elas. Contudo, não há sanções severas para o descumprimento dessa porcentagem.
Também entendemos da necessidade de uma reforma política no Brasil, garantindo mais espaços para a mulher nos cargos eletivos, especialmente com um financiamento de campanha público igualitário entre candidaturas de ambos sexos. No entanto, acreditamos que a mudança deve ser provocada principalmente pelas mulheres, buscando se engajar mais nos partidos, nas discussões políticas, em movimentos sociais e nas eleições.
As mulheres são a maioria, por exemplo, das eleitoras em Rondonópolis e, portanto, possuem condições de se fazerem mais representadas nas diferentes esferas da política. A prova é que, em âmbito nacional, a mulher já chegou ao cargo máximo da Nação por duas vezes – se bem que com grande influência de um homem, no caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As mulheres dariam importantes contribuições na nossa Câmara Municipal e na nossa Assembleia Legislativa, com visão diferenciada acerca das questões sociais e das necessidades da família, das crianças e delas próprias. A mudança é possível, mas as mulheres precisam dar o primeiro passo e ter o interesse de estarem sendo representadas de fato. Caso não, os homens tendem a continuar dominando os cargos eletivos em diferentes esferas…