Faltou planejamento

Todo começo de um novo grande projeto é marcado por certo ceticismo por parte de muitos. No caso da “zona azul”, o estacionamento rotativo pago, que começou neste fim de semana em Rondonópolis, há muitos desafios a serem superados pela frente.
É bom enfatizar que a atual realidade de Rondonópolis mostra que a “zona azul” é um caminho sem volta, necessário, porém, faltou um maior planejamento e mais organização por parte do poder público ao iniciá-lo. Para o sistema estar redondinho, vão ser preciso aperfeiçoamentos e adaptações…
Reportagem especial do Jornal A TRIBUNA deste domingo mostrou que, devido à amplitude do sistema e falta de informações necessárias, muitos usuários estão ficando, neste começo, chateados por causa de mal-entendidos ou situações mal explicadas, com a sensação de ter sido lesado.
Para começar, a Prefeitura não fez uma ampla campanha informativa sobre o funcionamento da nova “zona azul”. Passou a anunciar o sistema faltando seis dias para o seu começo, apenas com a distribuição de um pingado de panfletos. O resultado é que os usuários estão cheios de dúvidas sobre o funcionamento da “zona azul”.
Além disso, muitas deficiências vêm sendo avistadas neste começo de sistema. Um deles é que os equipamentos para compra de crédito – “parquímetros” – estão sendo instalados em apenas um dos lados da via, a cada 100 metros. Outra dificuldade é o pequeno número de monitores nesse começo para dar explicações e efetuar a venda de crédito.
Por enquanto, a “zona azul” está em apenas três vias, mas, com o passar do tempo, quando estiver em todo quadrilátero central, virão outros problemas. Um desses problemas é a expressiva diminuição de espaços demarcados para motos, proibindo o estacionamento de veículos de 2 rodas nos espaços para carros. Com grande índice motos em Rondonópolis, isso vai gerar muitas reclamações.
Mesmo assim, temos de admitir: novidade é assim mesmo, com muitos ajustes, mas bem que poderia ter havido mais planejamento e menos improviso…