Uma grande preocupação!

Parece que a América Latina Logística (ALL) realmente não aprendeu a lição. Mesmo após a enxurrada de críticas, protestos e batalhas jurídicas quanto à falta de estrutura nos terminais ferroviários de Alto Taquari e Alto Araguaia, a cena caminha para se repetir, ou até pior, também no terminal ferroviário de Rondonópolis, junto à BR-163.
O começo das operações do terminal ferroviário local está sendo anunciada para os próximos meses, mas, pasmem, conforme denúncias, não há sinais na área do empreendimento nem ao menos da construção do estacionamento para caminhões. Conforme denunciado pela Associação dos Transportadores de Cargas (ATC) e o vereador Jailton do Pesque Pague, o estacionamento está sendo terceirizado e improvisado em uma área no antigo distrito industrial do município, longe do terminal.
Desde o começo, a ALL fez questão de anunciar que o terminal ferroviário de Rondonópolis seria modelo, com hotel, centro comercial, posto de abastecimento, oferecendo serviços de borracharia, oficina e conveniência, pátio de estacionamento e áreas de apoio para motoristas, com banheiros equipados com áreas de banho e uma área de refeitório. Mas pelo que se verifica até agora apenas a estrutura de carga e descarga tende a estar pronta dentro do terminal para o começo da operação das atividades da ALL na cidade.
Caso o terminal realmente seja inaugurado sem o estacionamento devidamente estruturado junto ao complexo, será algo que vai depor contra a imagem da ALL e, principalmente, causará grandes transtornos à população local, já que todo o fluxo de caminhões inicialmente virá para o centro urbano do município, especificamente para o antigo distrito industrial. Será o estabelecimento do caos no perímetro urbano, lembrando que a área em frente a empresa ADM, onde se comenta que será o estacionamento provisório, já sofre com constantes congestionamentos de caminhões.
Ressalta-se que ninguém é contra o progresso e a instalação de um grande empreendimento como o do terminal ferroviário, mas é crucial que ele venha com infraestrutura adequada para os caminhoneiros, sem improviso e com os investimentos necessários. A ALL não pode chegar em Rondonópolis com o objetivo apenas de ganhar dinheiro, sem pensar em contribuir com a estrutura urbana. Por isso, o poder público tem de agir enquanto é tempo, para que as dores de cabeça e problemas para a população não sejam maiores que os benefícios.