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Pauta de julgamentos em atraso

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É preocupante o número de réus à espera de julgamentos em Rondonópolis. As deficiências do Judiciário, como a falta de juízes titulares na Comarca, prejudicam em muito os trabalhos diante da grande demanda. O problema é que essa limitação estrutural vem trazendo resultados lamentáveis à sociedade rondonopolitana, como a soltura de réus devido à falta de julgamento.
Um dos exemplos dessa realidade foi a recente soltura de um acusado por um crime que gerou comoção na cidade. Almir Araújo de Oliveira, o “Guerreiro”, apontado como sendo o responsável pela morte do corretor Edilson Sodré dos Santos, de 41 anos de idade, crime ocorrido no dia 16 agosto de 2010, foi solto devido a demora para realização do julgamento. Três júris foram marcados, mas nenhum se concretizou por falhas do Judiciário. O réu ficou menos de dois anos preso, apesar de apresentar uma extensa ficha de antecedentes.
São situações como essa que criam a sensação de impunidade e devem ser trabalhadas para serem mudadas. Outro caso que merece a atenção em relação à morosidade do Poder Judiciário é o do acusado de matar a tiros três pessoas e ferir uma quarta, no dia 20 de setembro de 2009, em um restaurante, no centro da cidade. O réu, o marceneiro Paulo Henrique Cardoso, até hoje não foi julgado. No entanto, nesse caso, o acusado permanece preso à espera do julgamento.
Para familiares que perdem parentes de forma brutal nada mais justo do que ter a condenação dos acusados em prazos razoáveis que não venham comprometer a sensação de justiça, como a soltura dos réus. Por tudo isso, esperamos, realmente, que a intenção do juiz Wladimir Perry em desafogar a pauta de julgamentos possa ser colocada em prática em Rondonópolis. A pauta do magistrado prevê mais de 30 julgamentos entre as datas de 31 de outubro e 30 de novembro.
Agora vamos torcer para que o juiz em questão consiga vencer os obstáculos e deficiências do Judiciário e venha agilizar esses julgamentos, principalmente dos casos de maior repercussão na sociedade. A sensação de impunidade, com a soltura de réus devido à demora para julgamento, não pode continuar sendo uma realidade em nossa cidade, assim como em nosso País.

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