A Mata Grande e a segurança

A recém-criada Secretaria Municipal de Apoio à Segurança Pública (Semasp) é sem dúvida um avanço para a cidade de Rondonópolis, tanto é verdade que o prefeito eleito Percival Muniz (PPS) deve mantê-la em funcionamento em seu mandato que começa no dia 1º de janeiro de 2013.
Percival, no entanto, revelou que ao manter a pasta em funcionamento deve fazer algumas mudanças, entre elas no comando e em algumas funções.
Porém, é preciso dizer que apesar de ter causado um efeito prático muito bom na população e ter dado à uma parcela significativa dos moradores de Rondonópolis uma clara sensação de segurança, será preciso ainda evoluir, pois ainda há muitos pontos que precisam ser melhorados e com certeza serão, não apenas pelo atual gestor, mas pelo próximo e nos que virão pela frente, pois trata-se de uma secretaria que dificilmente deixará de ser mantida.
Uma necessidade latente, que será preciso ter uma definição, é com relação aos problemas da penitenciária da Mata Grande que acabam influenciando no dia a dia da segurança nas ruas da cidade.
Está mais do que claro que uma parcela dos crimes são originários da Mata Grande. Hoje, com a comunicação digital é muito simples um detento manter contato com o lado de fora do presídio e comandar um crime, principalmente quando se trata de homicídio.
Basta ver que esse tipo de crime é quase como uma rotina nos finais de semana, são notícias e mais notícias mostrando assassinatos na periferia da nossa cidade e muitos deles tem como ponto de partida a Mata Grande, pois em grande parte envolve ex-detentos, que acabam pagando a conta de acertos dentro do presídio. Fora isso, somos obrigados a conviver com fugas como a que ocorreu neste domingo (14).
É bom lembrar que resolver essa situação não é uma questão apenas de Semasp e sim de toda a estrutura de segurança que compete ao Estado.
A resolução deste problema engloba, por exemplo, um investimento e a garantia de boas condições de trabalho para quem trabalha dentro da penitenciária, e até mesmo um reforço de segurança e também de melhoria de estrutura para quem trabalha fora, neste caso os agentes carcerários e Polícia Militar, respectivamente.