Sem idade para o saber

Buscar o conhecimento, realmente, não tem idade! Nas duas últimas semanas, o Jornal A TRIBUNA mostrou dois exemplos de força de vontade e superação de mulheres que buscaram o saber universitário apesar da idade um pouco avançada.
Na semana em comemoração ao Dia da Mulher, reportagem evidenciou o exemplo da costureira Maria Inez Squarcini da Silva, hoje com 61 anos, que se formou em Letras, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), aos 59 anos de idade. Ela entrou no curso superior aos 55 anos de idade e deu a prova que, quando se quer, os objetivos podem ser alcançados, apesar das adversidades.
Na semana passada, outro exemplo foi ilustrado pela dona-de-casa Maria de Fátima Sena, que acaba de ingressar no curso de Biblioteconomia, na UFMT, aos 54 anos de idade. Mais que ingressar no mercado de trabalho, ela vem buscando uma satisfação pessoal em concluir o ensino superior em uma universidade pública. Mesmo com as dificuldades enfrentadas, evidencia a confiança em concluir sua meta.
Da mesma forma tem sido cada vez mais comum ver pessoas ingressando na terceira idade, mas que vêm abandonando a meta da aposentadoria. Com mais expectativa de vida e, principalmente, mais qualidade de vida, nossa nova terceira idade tem buscado permanecer no mercado de trabalho e assumir novos desafios. Nesse cenário, a busca do diploma universitário também é uma opção interessante.
Essa realidade é um testemunho para jovens e adultos que, por algum motivo, abandonaram ou não puderam concluir os estudos. Também acaba sendo uma lição para jovens desmotivados em estudar apesar de estarem na “flor da idade”. É importante destacar que um curso superior sempre abre portas para novas descobertas, novas formas de pensar e de ver a vida. Não importa a idade, se há filhos ou não, o primordial é a força de vontade da pessoa em buscar o conhecimento.
Para quem está há muito tempo fora da sala de aula ou constituiu família, as dificuldades certamente virão. O essencial é não desistir dos sonhos e persegui-los. Que as pessoas mirem nos exemplos de Maria Inez e Maria de Fátima… Afinal, enquanto há vida, há esperança!