Poucas vezes nos últimos anos vimos um cenário tão fértil e profícuo para o campo como atualmente, principalmente para as commodities mato-grossenses. Os insumos para o plantio não subiram tanto nesta safra, mas por outro lado os preços dos produtos agrícolas não podiam estar tão bons. A soja vem em crescentes altas de preço, assim como o milho. A carne bovina atinge preço histórico, ajudando ainda outras carnes como a suína. O preço do leite tem alta numa época que era para estar em queda. Um outro exemplo claro desse momento é o algodão, que atingiu o maior valor em 140 anos em Nova Iorque. Apesar de não ter tradição em Mato Grosso, o feijão não deixa por menos.
Agora é plantar, produzir e contar com a ajuda do céu, mandando chuva e sol nas medidas necessárias para o desenvolvimento das lavouras. Com a ajuda do tempo, teremos uma fase de surpreendentes lucros no agronegócio brasileiro, especialmente o mato-grossense. Com mais renda, os produtores podem enfim dizer que terão uma capitalização. E é bom que a categoria utilize esse dinheiro que vai sobrar em caixa para avançar nas negociações das dívidas de 2005/2006, quando houve grande quebra de preços e de clima e feitos grandes gastos. Outra necessidade é investir na aquisição de maquinários, equipamentos e na estrutura física das fazendas.
Aplicar bem esse dinheiro da fase boa fará a crucial diferença nos tempos vindouros, que podem ser de “vacas magras” (ou não). É preciso economizar gordura nesta boa fase, para os tempos difíceis. Para isso, os produtores mato-grossenses já contam com a experiência da crise pós a fase áurea de 2004. Tanto é que agora o setor está mais comedido. Por outro lado, esse momento é um prenúncio que as pessoas qualificadas terão mais oportunidades de empregos, tendo em vista as oportunidades do campo. É preciso estar de olho e voltar as atenções novamente para o agronegócio.
Até os centros urbanos das cidades de Mato Grosso vislumbram boas oportunidades nesse momento, pois certamente sobrará lucro para ser investido em negócios, como na construção civil, compra de veículos e máquinas, treinamento, lazer e prestação de serviços. Enfim, quem estiver preparado também deve estar atento à essa nova onda verde: por um lado, encarece as refeições dos brasileiros e, da porteira para dentro, está sendo bem vinda, após anos de dificuldades.
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Por outro lado alguém já se perguntou se com todos esses aumentos o bolso do consumidor vai aguentar?