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A questão da automedicação

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A notícia divulgada na edição de ontem do A TRIBUNA em que o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão,  anunciou a intenção de se criar uma política de controlar a venda de antibióticos no Brasil é extremamente importante e revela um problema comum no país. O Brasil é, talvez, o país do Mundo onde a venda indiscriminada de medicamentos faz parte da cultura da população.
O cidadão brasileiro é um hipocondríaco por natureza, qualquer tipo de dor e infecção é comum o brasileiro se automedicar. Muitas vezes, antes de ir ao médico, a pessoa vai até uma farmácia onde compra o medicamento em que acredita que vai resolver o seu problema. Muito dessa ação individual, sem a consulta do médico para indicar o medicamento, é resultado direto da situação da saúde pública no geral. O cidadão brasileiro, em muitos momentos, não consegue esperar na fila de atendimento de um Pronto Atendimento e chega a conclusão que é mais cômodo se automedicar, do que aguardar horas e horas em uma fila de espera para ser atendido.
Quando o assunto é antibiótico, a medicação por conta própria é ainda maior, basta ver essa preocupação do Ministro com essa situação. Pois, o que ele quer na realidade é tornar obrigatória a venda de antibiótico nas farmácias do país mediante um controle muito mais rígido.
A que levou o Temporão estudar essa questão foi justamente um fato novo que tem surpreendido os médicos, principalmente do Distrito Federal, que  identificaram a superbactéria KPC, cujo número de casos no Distrito Federal chegou  a 135 até a última terça-feira.
À primeira vista, o surgimento dessa superbactéria pode ser justamente o resultado do uso exagerado de antibióticos. O exagero, pelos primeiros estudos, pode deixar as bactérias a ficar mais resistente ao medicamento, os resultados finais podem ser que o corpo humano demore mais a reagir ao controle do medicamento, tornando a cura mais complexa e mais difícil para os médicos.
Nessa questão, Temporão deve trabalhar em duas frentes, a primeira é logicamente controlar de forma radical a venda de antibióticos e a segunda é muito mais complexa, é preciso tornar o sistema de saúde público mais eficiente, até mesmo para que o cidadão não sinta a necessidade de se automedicar.

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