Números da discórdia

O ano de 2010 para quem não sabe é ano de censo demográfico do Brasil. A cada dez anos, o IBGE faz uma pesquisa profunda que traça o perfil do Brasileiro e que serve de estudos dos mais diferentes setores e até mesmo para grandes empresas tomar decisões na hora de investir nesta ou naquela região. Fora isso, o censo define os tamanhos das cidades no país e de acordo com esses números é que muitos dos investimentos do Governo Federal chegam a este ou aquele município brasileiro, o investimento federal tem ligação umbilical com estes números.
O problema é que diante da importância da questão, pois há dinheiro em jogo, o censo sempre gera polêmica, principalmente em cidades médias como é o caso de Rondonópolis. Nunca houve um censo, onde os números foram aceitos de forma tranqüila pela população local e principalmente pelo poder público, que de acordo com o que o IBGE divulga pode ser beneficiado com investimentos ou até mesmo prejudicado.
O que se repara é que o IBGE não mede esforços para chegar a perfeição, treina de forma rígida e precisa a equipe que faz a pesquisa, checa e rechega as pesquisas em busca dos números perfeitos e mesmo assim há discordância.
É preciso deixar claro que em algumas vezes há falhas e realmente o trabalho precisa ser refeito, e em outras o que ocorre é que o município realmente não cresceu o esperado.
O exemplo de 2007, quando a Prefeitura contestou os números iniciais apresentados pelo IBGE é um exemplo. A cidade pela primeira pesquisa divulgada chegou a ter menos de 170 mil habitantes, de acordo com o que havia sido divulgado pelo órgão. Porém, depois da reclamação do poder público e a apresentação de um serviço de 0800 para que as pessoas que não foram cadastradas pela contagem o número mudou e a cidade apareceu no relatório final com mais de 170 mil habitantes.
Para este ano, a expectativa é que na divulgação dos números não haja ajustes, pois o trabalho está tendo um cuidado redobrado depois dos últimos censos e contagens realizados pelo IBGE. A expectativa é que nossa cidade esteja na marca dos 200 mil habitantes, consolidada como pólo de desenvolvimento e crescimento do Centro-Oeste brasileiro.