Preocupação total

A situação da Vila Canaã realmente preocupa e o poder público está mais do que certo em se movimentar para resolver o problema de uma região que já tem muitas questões para serem resolvidas.
A Vila Canaã é carente de asfalto, saneamento básico e investimento em quase todas as áreas; essa carência incomoda quem vive no bairro, sim. Mas, o que mais preocupa uma grande parte dos moradores é que a região, devido até mesmo às suas características geográficas, ficou reconhecida por toda a cidade pelos pontos de vendas de drogas e também local de vivência de chamados sem-teto.
As proximidades do rio Vermelho, o terreno com locais com facilidades para se esconder, virou uma espécie de escudo para, principalmente, o tráfico de drogas.
Basta ver que grande parte das operações de combate ao tráfico, por parte da Polícia Militar, começa justamente no bairro. A própria PM reconhece que o rio é um aliado, em muitas vezes, para as pessoas que vivem à margem da Lei.
No passado, principalmente, o sem-teto, estava na área central da cidade, nas proximidades da antiga estação rodoviária. Mas com a mudança de perfil do centro da cidade e com a saída da rodoviária do centro, houve uma migração para outras áreas e a Canaã acabou sendo uma das escolhidas.
Os moradores, diante disso, vivem uma situação de preocupação e clamam junto ao poder público por alguma ação para tentar resolver a situação.
A comunidade da Vila Canaã está se movimentando e durante a semana  recebeu o prefeito Zé Carlos do Pátio para discutir a criação do projeto para tratamento aos dependentes químicos. Algo louvável e mostra sim que a preocupação é total.
A proposta feita pelo prefeito é realizar um levantamento, por meio da equipe da Secretaria de Promoção e Assistência Social e com a parceria dos moradores e da PM, para cadastrar as pessoas que devem ser encaminhadas de volta à origem ou buscar até mesmo uma solução para a questão de dependência química.
Porém, ainda é muito pouco e é preciso sim, com urgência, definir um local para tratamento no município de dependentes químicos, esse seria um grande investimento no setor social e que a classe política pouco tem se movimentado neste sentido. Uma cidade do porte de Rondonópolis não pode ficar tão carente de algo tão importante como uma clínica para fazer esse tipo de tratamento.