Município x Estado

A cada dia o embate entre o prefeito Zé Carlos do Pátio e o governador Blairo Maggi ganha um novo capítulo. E ao que parece essa novela está longe de terminar. O último episódio dessa trama real ocorreu esta semana, envolvendo a solenidade de entrega de títulos de regularização fundiária em Rondonópolis, cuja entrega estava marcada para esta sexta-feira (29/01) e acabou sendo cancelada em cima da hora pelo prefeito.
A atitude de Zé Carlos do Pátio pegou o Governo do Estado desprevenido, conforme noticiado ontem pelo Jornal A TRIBUNA. O projeto em questão é uma parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado. O que se estranha é que, até então, o próprio staff do prefeito vinha anunciando a entrega, em conjunto com o Estado, dos títulos de regularização fundiária no bairro Parque São Jorge.
A população ficou sem entender realmente o motivo do cancelamento dessa solenidade por parte do prefeito. Tudo leva a crer que o anúncio da solenidade dando maior ênfase ao governador do Estado não teria agradado a José do Pátio. Ou mais: que o prefeito entenda que essa solenidade teria que ter sido pautada pelo Município, não pelo Estado – como ocorreu. Isso demonstra que a politicagem continua pautando a relação entre as duas esferas de poder. E o pior: com prejuízo da população rondonopolitana.
O mais intrigante é que o prefeito reclama da falta de parceria e participação do Estado em ações da Prefeitura. Mas percebemos que o Estado tem buscado uma maior interação com o Município. Mesmo assim, pessoas ligadas ao prefeito asseguram em dizer que não houve intriga, assegurando que a decisão municipal foi tomada porque Zé Carlos do Pátio queria fazer uma grande festa para marcar o ato. Esse tipo de desencontros deveria ser evitado ao máximo, para não gerar esses tipos de interpretação.
Novamente, este espaço entende a necessidade de se deixar as questiúnculas políticas e unir as forças para o bem de Rondonópolis. Imagine quando interesses maiores da cidade necessitarem do apoio da Prefeitura e do Estado! Afinal, a segunda maior economia de Mato Grosso não pode continuar sofrendo com essas rusgas, fazendo com que obras simples – como a passagem sobre o córrego canivete na Rua José Barriga – demorem tanto tempo para serem executadas.
O povo não pode mais ficar sendo prejudicado com esse tipo de situação!