A “janela partidária” está prestes a se fechar e, na Câmara Municipal, a movimentação é intensa, com cada vereador procurando espaço onde possa se acomodar melhor para buscar a reeleição.
O prazo para mudança de partido para quem vai concorrer na eleição de 6 de outubro deste ano, sem risco de perder o mandato, termina nesta sexta-feira (5).
Até aqui, a “dança das siglas” na janela aberta no dia 7 de março foi tímida. Somente cinco dos 21 parlamentares já oficializaram a troca de legenda.
Nesta “dança”, o MDB, que tem como pré-candidato a prefeito o deputado Thiago Silva, ganhou dois vereadores: Adilson do Naboreiro e Dr. Jonas Rodrigues, ambos deixaram o SD pelo qual se elegeram em 2020.
Com o ingresso dos dois, a sigla emedebista passou a ter a maior bancada na Casa de Leis, formada por cinco parlamentares. No entanto, essa conta pode mudar, uma vez que os vereadores Gerson e Cláudio da Farmácia avaliam a possibilidade de deixar o MDB.
O PL, que tem como pré-candidato a prefeito o deputado Cláudio Ferreira, também se fortaleceu na janela partidária. A sigla, que não tinha assento na Câmara, passou a contar agora com uma bancada de três vereadores, com o ingresso de Paulo Schuh, Kalynka Meirelles e Dr. José Felipe Horta.
Schuh se elegeu pelo DC, Kalynka pelo Republicanos e o Dr. José Felipe Horta pelo Podemos. O DC ainda ficou com um vereador na Câmara, já o Republicanos e o Podemos ficaram sem representantes.
A poucos dias para o fechamento da janela, o A TRIBUNA apurou que os diálogos se intensificaram e os vereadores fazem os cálculos eleitorais que podem indicar mais facilidades ou obstáculos na reeleição de cada um deles.
———— CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE ————
————————————————————————————
Neste cenário, já é dada como certa a troca do vereador Cido Silva do PSC pelo União Brasil, que já conta com o vereador Marisvaldo Gonçalves, que faz parte dos parlamentares que não devem mudar de partido nesta janela.
Além de Marisvaldo, não avaliam mudança o presidente da Câmara, vereador Júnior Mendonça (PT), Adonias Fernandes (MDB), Subtenente Guinancio (PSDB) e Ozeas Reis (PP).
Tem ainda o caso do vereador Roni Magnani, que já disse não ter a intenção de buscar um novo mandato na Câmara. Ele pode continuar nas fileiras do PSB, já que é o primeiro suplente de deputado Estadual da sigla.
Por falar no PSB, que tem a vereadora Marildes Ferreira como um dos seus representantes na Câmara, pode sair desta janela como a maior bancada do legislativo rondonopolitano.
Já é dado como certo que a sigla socialista deve receber o vereador Reginaldo Santos, atual líder do Executivo na Casa de Leis, além dos vereadores Batista da Coder e Dico Sodré.
Eles deixariam o Solidariedade (SD), que elegeu em 2020 a maior bancada, composta por seis vereadores, sem representantes no parlamento municipal.
Além deles, especula-se que o PSB, que tem o diretor-geral do Sanear, Paulo José, como pré-candidato a prefeito, pode ser o destino do vereador Kaza Grande, que se elegeu pelo (DC), e Beto do Amendoim, que conquistou o seu mandato na Câmara pelo PTB.
Caso decida deixar o MDB, comenta-se que o PSB pode ser o destino do vereador Cláudio da Farmácia. O mesmo caminho pode ser o adotado pelo colega emedebista, vereador Investigador Gerson. Além do PSB, Gerson avalia ainda um convite que teria recebido do PL.
Outro que pode pintar no PSB, conforme rumores que passaram a circular ontem (1), é o vereador Roni Cardoso. Ele, que foi convidado para assumir o PSD, após a saída da legenda do vice-prefeito Aylon Arruda, avalia esta possibilidade, segundo revelou uma fonte.
Neste caso, isto poderia ser um plano B para ele, caso verifique que a sigla terá dificuldade de fechar chapa.
Procurado ontem pela reportagem, Roni Cardoso se limitou a dizer que, até aquele momento, ainda não havia nada definido sobre o seu futuro partidário, mas “creio que até amanhã (hoje) sim”.