A grande expectativa para a próxima semana fica por conta da segunda votação do novo Plano Diretor, prevista para ocorrer na sessão ordinária da Câmara de Vereadores na quarta-feira (24).
Com o texto aprovado da forma como foi enviado pelo Executivo Municipal, sem qualquer alteração, cresceu a preocupação de vários setores quanto a possibilidade de alterações discutidas com a sociedade não serem inclusas.
Nesta semana, a Casa de Leis aprovou o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, Rural e Ambiental; Lei de Uso e Ocupação de Solo e o Código de Edificações do Município.
Da forma como foi proposto, o setor imobiliário da cidade acredita que será extremamente prejudicado e que a construção civil, grande geradora de empregos em Rondonópolis, pode ser inviabilizada localmente.
Entre as dificuldades apontadas com o novo Plano, 60% da área do Município não poderá receber construções, e edifícios como os que estão sendo construídos e revolucionando a cidade, com destacados números de pavimentos, não serão mais possíveis. Esses são somente alguns dos pontos que preocupam.
O vereador Adonias Fernandes (MDB), que foi o único parlamentar presente na sessão a votar contra o novo Plano, destacou que se preocupa com a situação, visto que a construção civil é importantíssima para a economia local.
“Foram realizadas várias reuniões, audiências públicas para ouvir a sociedade, mas elas não foram inclusas no plano e, por isso, votei contra”, disse Adonias (MDB).
O vereador lembra que há um compromisso de que as alterações pedidas pela sociedade sejam incluídas por meio de emendas na próxima semana. “Se não for acatado o que foi amplamente discutido, votarei contra novamente”, reforçou.
O mesmo pensamento é seguido pela vereadora Kalynka Meirelles (Republicanos). “Se as mudanças não estiverem nas emendas, também voto contra. É o segundo setor mais importante da economia do país, um dos que mais gera emprego, nós não podemos perder investidores e investimentos”, lembra a vereadora.
Kalynka ainda reforça que é preciso enfatizar que o texto do Executivo, sem as alterações, não está levando em conta toda a cadeia que é movida pela construção civil.
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“São tantas pessoas que dependem. A venda de material de construção, as imobiliárias, os corretores, os trabalhadores… Enfim, não pode o prefeito da cidade atrapalhar o crescimento e o desenvolvimento de Rondonópolis. Nós temos que criar mecanismos para a cidade crescer, claro, sem desrespeitar o meio ambiente, mas atender a legislação federal que já é rigorosa”, reforça.
Na semana passada, o vereador Subtenente Guinâncio (PSDB) disse ao A TRIBUNA que já existem 24 emendas para serem votadas pelos vereadores. Contudo, o conteúdo delas ainda é um mistério para a sociedade.