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Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

Repercussão: Deputados também se manifestam sobre mudança na linha férrea

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Os deputados estaduais Cláudio Ferreira (PL), Thiago Silva (MDB) e Sebastião Machado Rezende (UB) também externaram preocupação com a notícia divulgada ontem pelo A TRIBUNA, onde o professor doutor da UFR, Aguinaldo Gomes Rocha, alertou que a empresa Rumo S/A, ignorou a revogação da certidão de uso e ocupação do solo do Município, medida tomada pelo Paço Municipal, e obteve a licença da Sema-MT para prosseguir com o traçado alterado da linha férrea, cortando o perímetro urbano da cidade.

Conforme Thiago Silva, foi convocada a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema), Mauren Lazzaretti, durante sessão plenária, nesta quarta-feira (29), na Assembleia Legislativa, para explicar o motivo da alteração no traçado da ferrovia em Rondonópolis.

Essa decisão, afirma o parlamentar, não atende o projeto original já aprovado e que poderá acarretar possíveis impactos sociais e ambientais no perímetro urbano dos bairros Salmen, Maria Amélia e Rosa Bororo. O requerimento foi em conjunto com os deputados Nininho, Sebastião Rezende e Cláudio Ferreira.

Na proposição, o parlamentar questiona os estudos técnicos feitos para a emissão de parecer favorável à alteração do traçado da linha férrea e por ser um empreendimento de grande porte no meio da cidade, poderá causar mortes e acidentes de motoristas ou pedestres com uma ferrovia na área urbana. Ele frisa que defende a manutenção da proposta inicial, que é uma vontade da população e pode evitar a repulsa de novos investimentos na cidade.

“Se não manter o traçado original que passaria praticamente 32 km de distância da zona urbana, com a nova proposta vai estar sendo instalado a 40 metros da região Salmen. Isso é preocupante! Sem contar que quando foi aprovado esse projeto, não estava prevista a alteração do traçado da linha férrea”, explica Silva.

Conforme Thiago Silva, no mês de setembro ele se reuniu com o superintendente de Infraestrutura e Licenciamento da Sema, Jerônimo Campos, em busca de um entendimento do processo de mudança no traçado original da Ferrovia e expôs a grande preocupação da comunidade local quanto à passagem dos trilhos próximos aos bairros.

No encontro, ficou do representante do órgão ambiental levantar novas informações por parte da Rumo com base em uma análise técnica, de forma assertiva, com a apresentação de novos documentos e pareceres em relação aos impactos socioambientais e econômicos da região afetada.

O deputado estadual Sebastião Rezende também manifestou sua contrariedade em relação à mudança do traçado. Na tribuna da Casa, Rezende informou que, com a aprovação da alteração proposta pela Rumo, as obras de extensão da ferrovia entre Rondonópolis, Cuiabá e Lucas do Rio Verde estão aptas a seguirem o cronograma, instalando seus trilhos praticamente dentro do perímetro urbano de Rondonópolis.

“É um absurdo! Nós sabemos o quanto uma ferrovia dentro de uma cidade traz de prejuízo aos moradores, sem falar de acidentes que eventualmente podem ser causados. Pode causar uma série de dissabores”, criticou.

O parlamentar explicou aos seus pares que não é contra a ferrovia, o progresso ou desenvolvimento, mas que a população rondonopolitana seguramente não aceita esse traçado dos trilhos passando praticamente dentro de bairros.

Por isso, conclamou o apoio dos demais deputados na causa, em especial da comissão que recém foi criada para acompanhar as obras da extensão da ferrovia até Cuiabá e Lucas do Rio Verde, presidida pelo deputado estadual Júlio Campos.

A intenção é que a comissão parlamentar verifique se a alteração do traçado realmente foi autorizada, para que assim possam ser tomadas as providências.

 

 

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Seguindo no mesmo tom, Cláudio Ferreira cobrou respostas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) sobre as obras de ampliação da ferrovia.

Em uma declaração durante a sessão no plenário da AL, o parlamentar lembrou que há 6 meses fez um requerimento de informação à secretária Mauren Lazzaretti sobre a mudança no projeto, porém não recebeu resposta.

“Gostaria de chamar a atenção da secretária de Estado de Meio Ambiente, pois apresentei um requerimento no dia 6 de junho de 2023, há seis meses, para obter mais informações sobre as alterações que aconteceram no percurso da ferrovia que liga Rondonópolis a Cuiabá e, infelizmente, não fui respondido. Faço o alerta aqui, se a secretária não nos responder teremos que representá-la por crime de responsabilidade”, avisou o parlamentar durante sessã o da ALMT.

“Quero informar que estou fazendo novamente um requerimento com os mesmos questionamentos do que fiz há seis meses, pois agora temos a polêmica de que a ferrovia pode passar a 40 metros de um dos bairros de nossa cidade e precisamos discutir essa mudança, que afetará a vida do cidadão rondonopolitano”, completou.

 

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