A diretoria da Santa Casa de Rondonópolis informou ao jornal A TRIBUNA, durante entrevista no fim da tarde de ontem (5), que até a próxima semana todos os serviços oncológicos prestados pela unidade serão retomados, dando fim à agonia de centenas de pacientes que, nos últimos dias, têm vivido o drama da interrupção de serviços e incerteza quanto a continuidade de seus tratamentos.
O vice-presidente da Santa Casa, Sinésio Gouveia de Alvarenga, a diretora financeira Nezir Ribeiro e o diretor administrativo Marcos Ferrari explicaram que alguns serviços que dependem de medicação oral e injeções cutâneas já estão ocorrendo e que, a partir de hoje (6), a quimioterapia começa a ser retomada.
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A previsão para a volta das cirurgias oncológicas, outro serviço que está parado, é para a próxima semana.
Segundo informado pelo vice-presidente da entidade, todo imbróglio envolvendo os serviços oncológicos, que teve a empresa prestadora trocada, se deu devido a atrasos para cumprimento de prazos contratuais.
Por 16 anos, o serviço foi prestado pela Nutec e, desde o dia 18 de maio, passou a ser gerido pela Santa Casa, que contratou a empresa Oncohealth.
Durante esta troca, houve atraso para entrega dos prontuários médicos, que só teriam sido entregues no dia 17 de maio, e também devido à não renovação de autorizações do Sistema Único de Saúde para continuidade de tratamento oncológico de 300 pacientes.
Com relação à quimioterapia, Sinésio explicou que houve um contratempo na instalação do equipamento chamado Capela, que é utilizado para a manipulação dos medicamentos quimioterápicos.
No fim da tarde de ontem, a Vigilância Sanitária do Município autorizou o uso do equipamento e, por isso, a partir de hoje, a quimioterapia começa a ser retomada.
Já as cirurgias oncológicas estão previstas para recomeçar na próxima segunda-feira (10). Segundo informado, a equipe médica deve ser composta, em boa parte, por profissionais que já atuam no setor oncológico e estão com seus contratos sendo renegociados.
Além disso, um profissional do Rio de Janeiro também é aguardado para atuar na cirurgia geral do setor. A expectativa é de ampliar o volume de cirurgias realizadas por mês, passando de uma média de 16 para mais de 30.
A direção do hospital voltou a dizer que houve a necessidade de todas essas mudanças no serviço devido a um prejuízo mensal de cerca de R$ 115.000,00 com Serviço de Oncologia que o hospital estava amargando, mantendo o antigo contrato.
“Negociamos por cerca de 20 dias esse contrato e nada dava certo, nada era aceito, e não teve jeito de continuar… Então a gente teve que cancelar”, explicou Sinésio Gouveia de Alvarenga.
A diretoria garantiu que, agora, o impasse está encerrado, que há remédios para todos os pacientes, que os serviços estão sendo retomados e que todos os atendidos estão sendo comunicados e convocados pelo hospital para que recebam o atendimento devido.