Após se reunirem com o prefeito José Carlos do Pátio (SD), funcionários da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) resolveram suspender a paralisação que a categoria tinha marcado anteriormente para acontecer na tarde de ontem (2), em frente o Paço Municipal. A decisão foi tomada após o gestor se comprometer a encaminhar soluções para as reivindicações dos trabalhadores, que temem o sucateamento da empresa.
De acordo com Alcênio Ferreira dos Santos, diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sispmur) e funcionário da Coder, os funcionários da empresa tinham programado a paralisação para pressionar o prefeito a debater com os mesmos os problemas da Companhia, que vive sérios problemas financeiros. “O que estava acontecendo é que os contratos que a Prefeitura faz com a Coder, de onde vem o dinheiro para nos pagar, estavam ficando muito tempo na Sinfra [Secretaria de Infraestrutura] sem serem assinados e as medições dos nossos trabalhos sendo pagas a menos. Tudo isso gera muitas dificuldades para a Coder, que já está em crise há algum tempo. O que nós pedimos é mais agilidade nessa situação e o prefeito se comprometeu conosco que vai procurar ajudar e dar agilidade no processo. Assim, nós decidimos suspender a nossa paralisação”, informou.
Ainda de acordo com o sindicalista, outra situação debatida na reunião foi a demissão de 13 funcionários contratados por meio de concurso público pela empresa, sob a alegação de que a mesma passaria por dificuldades financeiras. “A Prefeitura irá fazer grandes investimentos na Coder, com a compra de vários caminhões e outras máquinas, inclusive comprando uma usina de asfalto, o que vai precisar de funcionários para serem operados. Dessa forma, não vimos razão para essas demissões. O prefeito afirmou não ter conhecimento dessas demissões, mas se comprometeu conosco a parar de demitir outros companheiros e rever as demissões já feitas”, completou.
Na reunião, que aconteceu no gabinete do prefeito na noite da última terça-feira (01), também ficou decidido que uma comissão de funcionários da empresa e diretores do Sispmur irá acompanhar a situação junto à Sinfra, mas segundo Alcênio Santos, novas mobilizações podem ser convocadas, caso a situação não seja encaminhada a contento.
O temor dos trabalhadores da Coder é que a empresa de economia mista acabe sucateada, já que a secretária municipal de Infraestrutura, Nívia Calzolari, tem colocado dificuldades na celebração de contratos com a Prefeitura e feito inúmeras ingerências na administração da Companhia, levando os mesmos a suspeitarem de que a secretária, que é indicada por um deputado estadual que é proprietário de uma construtora, estivesse trabalhando para criar dificuldades que inviabilizassem a autarquia.
