26.3 C
Rondonópolis
 
 

Papo Político

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img


 

Vereador Roni Magnani: “Abriu sua caixa de ferramentas e ameaçou o prefeito Zé do Pátio, insinuando que sabe de muita coisa não republicana…”

1- SENHORAS E SENHORES,

Foi uma semana de muito buchicho na vida política de Rondonópolis. Nem o carnaval foi suficiente para amenizar o clima entre o prefeito José Carlos de Araújo, o polêmico e “birrento” Zé do Pátio, e a Câmara Municipal. Na história de Rondonópolis, consultando os arquivos de cerca de 40 anos desta Coluna, o clima nunca foi tão tenso entre os poderes Executivo e Legislativo num ano eleitoral.

Em seu segundo mandato consecutivo, sem direito a disputar a reeleição, já no segundo mês do ano, fica difícil de entender o que se passa pela cabeça do atual prefeito.

O Zé tem fama de ser temperamental, de ser muito “birrento”, mas ao longo da sua vida sempre soube agir politicamente, conforme os seus interesses. Acontece que ele não estava muito preparado para lidar com uma mesa diretora do Poder Legislativo que não rezasse pela sua cartilha.

Nos seis anos antes, nesses dois mandatos, sempre manipulou como quis a Câmara Municipal, onde se notabilizou por enviar seus projetos em regime de urgência e conseguia as aprovações conforme seu interesse.

A nossa Câmara ficou conhecida como “Puxadinho do Paço Municipal”. E foi para reverter essa situação que o vereador do PT, o Júnior Mendonça, fez um movimento para antecipar as eleições da mesa, ainda em 2022, e se candidatou à presidência com a promessa de resgatar a credibilidade do Legislativo, valorizando todos os 21 vereadores no biênio 2023 e 24, justamente um ano eleitoral.

É lógico que, pensando em melhorar a sua imagem, desgastada perante a opinião pública, justamente de olho na reeleição, os vereadores embarcaram no projeto e, mesmo contra a vontade do Zé do Pátio, elegeram o Júnior Mendonça presidente da mesa diretora.

E O ZÉ DO PÁTIO

tinha lá as suas razões, pois vem vivendo um “verdadeiro inferno” em seu último ano de mandato, e anda comendo nas mãos da atual mesa diretora. Acabou o seu poder de mando, que culminou com a criação das Emendas Impositivas dos vereadores na aprovação da Lei Orçamentária para 2024, bem como a redução substancial no seu poder de remanejo de verbas de uma pasta para outra, que antes seria um valor de mais de 400 milhões de reais e foi reduzido para pouco mais de 40 milhões.

E o prefeito, que não engole nada a seco, sempre procura dá o troco de muitas maneiras: 1- Andou convocando reuniões extraordinárias durante o recesso parlamentar de final de ano e agora no período de carnaval, que acabou não sendo acatada, pois nem assunto para a pauta foi apresentado; 2- em suas reuniões políticas pelos bairros, ele sempre procura prejudicar um ou outro vereador, com indiretas desabonadoras ou promovendo outras pessoas da região, que pretendem disputar as eleições para a Câmara; 3- anda promovendo muito seus secretários que pretendem disputar as eleições, só para tripudiar vereadores que têm a mesma base eleitoral… E muito mais coisas.

Mas na opinião da Coluna, o Zé está abrindo cada vez mais o seu próprio buraco. A grande maioria que tinha na Câmara, que aprovava tudo que ele mandava, anda colocando as “manguinhas” de fora, e ele está sendo contrariado por quase a unanimidade dos 21 vereadores.

E isto ficou patente nesta semana, que começou com um Café da Manhã, na terça-feira, que ele patrocinou, convidando todos os vereadores, mas compareceram apenas quatro – sobrou muito bolo, torradinhas, sucos, café e leite. Nem o seu fiel e sempre dinâmico Líder na Câmara, vereador Reginaldo Santos, notável pelo poder de persuasão junto aos demais vereadores, compareceu (Disse o Reginaldo, que tinha compromisso em Cuiabá… mas em outros tempos ele adiaria o compromisso na Capital).

Na reunião camarina de quinta-feira (15), o clima azedou de vez para o prefeito, pois foi percebida mais uma de suas manobras para dar o troco à Câmara. Ele enviou alguns projetos, que já são contemplados com as emendas impositivas dos vereadores, aprovadas para beneficiar algumas entidades, e supostamente teria sugerido os representantes das entidades a comparecerem na seção de votação, descaracterizando assim os autores desses projetos. A revolta foi geral.

MAS DURO MESMO FOI

o pronunciamento do vereador Roni Magnani, do mesmo PSB do prefeito. O Roni, que já anda magoado com o Zé do Pátio desde as eleições de 2022, quando se sentiu traído pela falta de maior apoio para a sua candidatura de deputado estadual (foi eleito suplente), tem tido um posicionamento muito independente e, frequentemente, faz críticas à administração do seu correligionário. Mas na sessão de quinta-feira, ele abriu sua caixa de ferramentas e tirou chaves para todos os parafusos para apertar o Zé do Pátio.

Abre aspas: Prefeito Zé do Pátio, não mexa com quem tá quieto; Do jeito que vier vai voltar dobrado; Eu fui o vereador mais votado. Vossa Excelência não continue a me provocar”. E para fechar com chave de braço: “Consigo provar que o senhor não tem moral para ficar me provocando. Me deixe quieto. Esta briga pode não acabar bem. Vai virar uma rinha de galo. Todo mundo vai sair machucado”.

Vixeee! O Magnani jogou quase todas as suas fichas na mesa do Zé. Será que guardou a carta do truco?. O clima foi pesado e demonstra que complicou de vez para o prefeito na sua pretensão de eleger o seu sucessor, na pessoa do fiel escudeiro Paulo José Correia (PSB).

Outros vereadores, como o Dr. Jonas Rodrigues, do Solidariedade, partido que elegeu o Zé do Pátio, bem como o Investigador Gerson (MDB), não perdoaram o prefeito pelo caos reinante no transporte coletivo, que vem transformando a vida dos milhares de usuários em uma tremenda agonia.

Eles querem que a atual diretora da AMTC, Priscila Paiva, seja convocada para prestar esclarecimentos e, principalmente, soluções urgentes para essa balburdia que virou os ônibus coletivos de Rondonópolis. Aliás, falta de planejamento é uma marca registrada da administração municipal. Vai tudo no Deus dará!!! Se der certo, Graças a Deus!

E É NESTE CLIMA DECISIVO

de definir as candidaturas a disputar as próximas eleições de 6 de outubro, que o Zé do Pátio tem que conviver nesses últimos meses como prefeito municipal.

Ele quer, a qualquer custo, ajudar na eleição de seus secretários para a Câmara Municipal, e nomes como Vinicius Amoroso (presidente da Coder), Huani Rodrigues (da Habitação), Ione Rodrigues (da Saúde), os servidores Wagner (da Zoonose) e o Pastor Leandro (da Setrat), entre outros, estão sendo muito privilegiados na Prefeitura, e com isso ele vem batendo de frente com seus próprios vereadores da base, liderados pelo Reginaldo Santos, que não sabe mais o que fazer pra contornar o descontentamento geral.

Resumindo o clima, segundo o presidente do Legislativo Júnior Mendonça: “O relacionamento com a Câmara, até o final do seu mandato, é o próprio prefeito que vai escolher…”. Tenho dito!

NA COLUNA DA SEMANA

passada, o Colunista chegou a questionar se o prefeito Zé do Pátio pretende mesmo eleger o seu sucessor, pois além desse clima de alta tensão com a Câmara Municipal, onde não agrada a quase totalidade dos 21 vereadores (parece que apenas os vereadores Kasa Grande e o Reginaldo ainda vêm tentando segurar as pontas), o que vem acontecendo na administração, de uma forma geral, é realmente de arrepiar qualquer CEO de uma organizada empresa.

E a COLUNA volta a frisar que: Rondonópolis é uma grande empresa, de um orçamento bilionário…e necessita de um grande administrador. E caberá ao eleitor, você cidadão rondonopolitano, a contratar esse administrador nas eleições que já estão se aproximando, o dia 6 de outubro está bem ai…

Que a atual administração não vem mostrando capacidade de gerir o nosso rico município está muito claro. São obras espalhadas por todos os cantos, é verdade. Mas salta aos olhos de qualquer um como estão sendo planejadas e executadas. Sem nenhum critério técnico e executivo. Muito dinheiro indo pelos ralos (literalmente, principalmente neste período de chuvas).

São muitas praças, parques, postos de saúde, escolas…com obras inacabadas, abandonadas, ou apresentando defeitos construtivos. Por exemplo, nesta semana houve a denúncia de mais uma obra parada há noventa dias, um Posto de Saúde na Gleba Rio Vermelho, que foi iniciada a há mais de um ano e com o orçamento próximo a 1 milhão de reais.

Muitos materiais estão lá abandonados, no meio do matagal que tomou conta, e o que deixa qualquer bom administrador arrepiado, de cabelos em pé mesmo, é que entre nesses materiais têm até sacos de cimento.

O prefeito, como engenheiro que é, sabe que esse cimento não serve mais para nada. E no meio de tantos exemplos de má uso de milhões do nosso dinheiro, será que o Ministério Público não poderia agir e levantar todos esses prejuízos causados ao erário?

 

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Eleições 2024: Justiça Eleitoral de Mato Grosso debate soluções em cibersegurança

O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso realizou, no decorrer da semana, a primeira reunião do Comitê Estratégico de...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img