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Paulo José e Zé do Pátio: “A pergunta que fica de 2023 é: será que Zé do Pátio, mais uma vez, ´trairia´ o Paulo José?…”

1- SENHORAS E SENHORES,

estamos chegando ao último Papo Político do ano. Como usamos durante todo o ano de 2023, aquela famosa definição de que “Política é como nuvem. Você olha ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”, de autoria do antigo político mineiro, udenista José de Magalhães Pinto, que foi deputado federal, governador e ministro da República, vamos agora para o ano eleitoral de 2024, onde as paixões mais se afloram pois se trata da campanha municipal, quando serão eleitos o prefeito e os vereadores da sua cidade.

E em Rondonópolis essas eleições são sempre apaixonantes, com disputas acirradas. Durante 2023 a “nuvem” se apresentou de vários jeitos e a expectativa é muita nos primeiros meses do ano entrante para a definição das várias pré-candidaturas já postas.

O PAPO POLÍTICO

nunca procurou aqui sacramentar a situação de um ou outro pretendente ao cargo de prefeito, deixando bem claro que apenas analisava a situação momentânea da “nuvem”, e assim comentamos na edição passada que os deputados estaduais Claudio Ferreira, pelo PL, Thiago Silva, pelo MDB, e o presidente do Sanear, Paulo José Correia, pelo PSB, eram os três pré-candidatos mais em evidência.

Mas isto não que tirar inteiramente da disputa outros nomes, como o ex-prefeito Adilton Sachetti (Republicanos), Carlos Augustin “Teti” (PT) e o atual vice-prefeito Aylon Arruda (PSD).

QUEM PROCUROU

o A TRIBUNA para contestar a análise sobre sua candidatura, foi justamente o Aylon Arruda. Ele afirmou que é mesmo pré-candidato dentro do grupo das forças progressistas, e conta com o apoio do presidente regional da sigla, o hoje ministro do governo Lula, na pasta da Agricultura, o senador Carlos Fávaro. Fica o registro.

2- MAS, SENHORES E SENHORAS,

vamos para alguns fatos ocorridos durante o ano, que movimentaram, e muito, a política local. E tudo já começou com a posse do primeiro vereador petista a assumir a presidencia da Câmara Municipal, o Júnior Mendonça, que foi eleito com um discurso de mudar inteiramente o conceito junto à população de que a Casa do poder legislativo não passava de um “Puxadinho da Prefeitura”, resgatando a credibilidade dos seus 21 membros, que eram, na maioria, tidos como manipulados pelos interesses do prefeito José Carlos do Pátio (PSB), aprovando todos os seus projetos, sem maiores discussões e, muitos, sempre em regime de urgência.

E Júnior Mendonça foi eleito presidente, em eleições antecipadas em meados de 2022, contra a vontade de Pátio, que já previa o que teria pela frente. E ao tomar posse ele prometeu, em visita ao A TRIBUNA, que projetos do Executivo que chegavam ao Legislativo em regime de urgência, não seriam mais votados a toque de caixa.

Realmente, era uma prática corriqueira do prefeito Zé do Pátio encaminhar para a Câmara em regime de urgência muitos projetos, a fim de que fossem votados “a toque de caixa”, prejudicando a discussão entre os legisladores municipais.

Após os indícios apontarem que Pátio não teria vida fácil mesmo na sua relação com a Câmara, na sessão do dia 22 de fevereiro a promessa de não ficar votando “caminhões” de projetos do Executivo encaminhados em regime de urgência, concretizou-se.

Dos 20 projetos de urgência encaminhados pelo Executivo para serem apreciados, apenas dois entraram na pauta. Os demais, sequer foram analisados pelos vereadores.

Um dos temas que mais polemizou com o prefeito Zé do Pátio foi o ultimato dado por Júnior Mendonça para ele enviar as respostas ao requerimento de informações referentes ao saldo das contas bancárias do município.

Entre os 14 questionamentos feitos no requerimento, de autoria da Mesa Diretora, um questionava se a gestão do prefeito José Carlos do Pátio cometia a chamada “pedalada fiscal”, considerado um crime de responsabilidade.

Como a resposta não aparecia, a Câmara Municipal encaminhou no dia 14 de junho um ofício ao executivo dando um prazo de 24 horas para que se manifestasse sobre o assunto. E Pátio não gostou do ultimato, mas teve que responder o ofício.

E assim, a relação do prefeito com a Câmara não foi nada amistosa durante todo o ano, culminando agora no fechamento dos trabalhos com a aprovação do orçamento recorde para 2024, de 2,257 bilhões, mas com as emendas impositivas acrescentadas, pela primeira vez na história de Rondonópolis, no valor total de R$ 35,572 milhões, e cujos projetos terão que ser aprovados pelo Zé até junho de 2024, quando ele a contragosto até concordava, mas queria que fossem até o final do ano.

Como também uma outra derrota ficou caracterizada com a diminuição do percentual de manejo do orçamento, de um valor de mais de 400 milhões para 45 milhões. O prefeito, é claro, tremeu na base em ficar tão limitado nessa ação e deverá vetar. Só que essa emenda foi apresentada por 20 vereadores, ficando apenas fora o vereador Reginaldo Santos, que é o líder do prefeito, e assim será facilmente derrubado o veto.

3- UM GRANDE DESTAQUE

também foi a visita a Rondonópolis, do presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, no dia 3 de março, para entregar os 1.440 apartamentos do Residencial Celina Bezerra.

E o nosso prefeito Zé Carlos do Pátio, matreiro político como ele só, fez de tudo para colocar em evidência o seu pré-candidato Paulo José, colocando-o como coordenador do evento.

Mas quem novamente foi uma pedrinha no sapato do Zé, foi o presidente da Câmara Municipal, Júnior Mendonça, que como o principal político do PT na cidade, esteve em destaque no palanque ao lado do presidente Lula.

Esta visita do Lula contou com um inédito e robusto esquema de segurança, devido o clima ainda de pós eleição, pois aqui o ex-presidente Jair Bolsonaro teve uma expressiva votação de quase 65%. Apesar do temor, não houve manifestação de bolsonaristas nas ruas da cidade pedindo “Fora Lula”, além do que o deslocamento do aeroporto até o Celina Bezerra foi de helicóptero.

4- MERECE DESTAQUE

a filiação do Capitão Argemiro no PSDB, ele que tinha deixado a administração do prefeito Zé do Pátio, quando teve grande atuação a frente da CODER.

Argemiro, após o seu apoio na campanha presidencial para o Bolsonaro, enquanto o prefeito se dedicava à campanha do Lula, entrou em desentendimentos administrativos. Um ponto a se destacar, que foi mesmo para fritar o Argemiro, foi quando o prefeito ordenou que o ex-secretário de Comunicação, o comunista Cleomar Pilar, fosse admitido para o setor de Comunicação da Coder.

E diante de outras dificuldades de relacionamento, o Capitão acabou mesmo pedindo o boné, no início de fevereiro.

Argemiro, quando ainda filiado ao PSD, mesmo partido do vice-prefeito Aylon Arruda, participou das primeiras discussões para construção de uma candidatura única da Direita na cidade.

Mas após ver o PSD e o vice-prefeito Aylon Arruda se reaproximarem da gestão de Pátio, alegando ter um perfil de direita, desfiliou-se da sigla e voltou para o ninho tucano, assinando a ficha de filiação com todas as pompas na Convenção do PSDB, em Cuiabá, no dia 25 de outubro. E chegou na condição de pré-candidato a prefeito.

Ainda é muito tímida essa sua pretensão, mas o presidente do Diretório, vereador Carlos Guinâncio, garante que o PSDB participará da discussão de uma candidatura única a prefeito contra o candidato do Zé.

5- TALVEZ, O MAIS SURPREENDENTE

fato do ano foi o surgimento da pré-candidatura a prefeito do Partido dos Trabalhadores, quando no dia 23 de junho, conforme noticiou o A TRIBUNA, o empresário Carlos Ernesto Augustin, o Teti, se filiou ao partido do Lula, causando burburinhos no meio político.

O Teti acredita que o Zé do Pátio não recusará um pedido do presidente Lula, e será ele o candidato do grupo das forças progressistas em Rondonópolis. Por outro lado, na edição de quinta-feira, 21, o A TRIBUNA divulgou que o prefeito bateu o martelo e o seu candidato à sucessão será mesmo o Paulo José Correia.

 

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