Papo Político

1-HOJE,
dia 3 de outubro de 2010, está sendo realizado mais um dia de votação, e de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por volta da meia noite saberemos quem são os novos, ou reeleitos, deputados estaduais e federais, os novos dois senadores; quem será o governador que comandará o estado de Mato Grosso por mais quatro anos a partir de janeiro de 2011. Se vamos ter uma reeleição ou um nome novo, ou até mesmo o anúncio da realização do segundo turno. E quem será o novo Presidente da República do Brasil, se haverá mais um turno para decidir o sucessor do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT),  será a continuidade petista ou o retorno do governo tucano.
A campanha eleitoral de 2010 iniciou em 2009 com articulações, alianças e debates para o lançamento de um bom projeto de candidatura e garantia de não apenas da eleição para algum cargo, mas de uma grande disputa, principalmente para o governo do Estado e Presidência da Republica. Enquanto que para os cargos para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal foram poucos candidatos com condições para disputar e assumir um dos cargos. A maioria dos concorrentes trata-se somente de um número para ocupar o número de vagas de concorrentes para legendas, para animar a propaganda eleitoral gratuita e servirem como uma opção para quem insiste em não votar conscientemente, analisando propostas, promessas e o perfil do candidato.
DESSES
candidatos há várias figuras políticas conhecidas e que há muitos anos ocupando uma vaga como deputados estaduais ou federais, e não somaram nada para a população mato-grossense, não foram capazes de propor soluções aos problemas mais corriqueiros dos cidadãos, não viabilizaram investimentos e muito menos não articularam com os municípios para a busca de emendas parlamentares.
Sem ruborizar pediram voto na propaganda eleitoral e visitaram vários municípios mato-grossenses. Aqui em Rondonópolis foram várias as reclamações de cidadãos cansados com a falta de compromisso de políticos e a ausência de vergonha dessas figuras, que apareciam no comércio local, nas casas, nos eventos comunitários para pedirem votos, depois de quatro anos de desaparecimento, como os verdadeiros “políticos copa do mundo”. Rondonópolis, nesta época, recebe candidatos de todas as regiões do Estado, quando muitos deles nem conhecem um bairro da cidade.
ESPERA-SE
que ocorra uma boa renovação e que os abutres políticos, que das janelas políticas que fugiram não retornem mais por aqui. E que além de nomes novos, sejam eleitos representantes capazes de viabilizar melhorias para a população e que ajude a construir um novo cenário político mato-grossense. O que já começa a ser trabalhado com a decisão do TSE congelar os votos dos candidatos que está tendo os nomes analisados pela lei Ficha Limpa.
Aliás, os candidatos que tiverem os seus sufrágios congelados não terão seus votos computados na hora de proclamar o resultado das urnas, e nomes e sufrágios barrados serão divulgados em tempo diferente do anúncio oficial. Se mais tarde for do entendimento da justiça eleitoral a liberação dos registros com os votos que foram  considerados nulos, eles serão incluídos na totalização oficial.

2-A TENDÊNCIA ELEITORAL
baseada em pesquisas eleitorais e no que foi visto na campanha eleitoral deste ano para o Senado da República, aponta a eleição de Blairo Maggi (PR) para uma das vagas, sendo que a segunda cadeira pode ser ocupada por um dos três candidatos, que vem brigando acirradamente nessa disputa. Reconhecendo que uma das vagas será de Maggi, o deputado federal Carlos Abicallil (PT), o ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB) e o ex-procurador de justiça Pedro Taques (PDT), pela primeira vez disputando uma eleição, fizeram de tudo pela conquista do segundo voto.
O mais surpreendente dos três foi o crescimento eleitoral de Pedro Taques, que com seu discurso de combate à corrupção e defendendo a justiça para todos, convenceu um grande número de votantes. Se o ex-procurador não conseguir se eleger nesse domingo, pelo menos garantiu uma boa campanha, tornando-se conhecido e principalmente um candidato admirado por muitos eleitorais, o que lhe dará a oportunidade de competir em mais uma campanha e ser eleito com expressivo número de votos.

4- O DEBATE
realizado na quinta-feira, 30, entre os principais candidatos à Presidencia da República, sendo Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio Sampaio (PSOL) foi bastante tranqüilo, sendo que o tom de acusações foi ameno e as denúncias foram implícitas nas questões. Mas, quem saiu beneficiada do confronto político foi Marina Silva, que menos escorregou nas respostas e conseguiu colocar contra a parede Dilma e Serra.
Após o debate, Dilma ficou com a imagem um pouco mais aranhada, depois de responder uma pergunta sobre doações à sua campanha eleitoral, e que pode ter influenciado na sua preferência eleitoral, sendo que os últimos depoimentos que vem fazendo à imprensa e ao eleitorado, são na maioria, infelizes, o que vem causando um prejuízo à sua popularidade.