Papo Político

1 – NO PLEITO DESTE ANO,
o prefeito Zé Carlos do Pátio (PMDB) deverá viabilizar respaldo à candidatura do ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) ao Governo do Estado. O PSDB, através do trabalho realizado na campanha eleitoral de 2008 pelo ex-governador e ex-prefeito de Rondonópolis, Rogério Salles, apoiou a postulação de Pátio. Em nenhum momento que antecedeu a disputa eleitoral deste ano, o prefeito peemedebista mostrou alguma inclinação em apoiar o atual governador Silval Barbosa, mesmo sendo do mesmo partido que o dele.  Pelo contrário, Pátio sempre disse que iria tornar consolidado a sua gratidão ao PSDB e a Wilson Santos pelo investimento na campanha na disputa pela vaga ao comando da prefeitura de Rondonópolis. O prefeito de Rondonópolis foi bastante criticado pela decisão de apoiar o adversário eleitoral do candidato do seu partido, e mesmo assim, foi bastante irredutível a sua decisão.

O QUE SE SABE,
é que Pátio está se empenhando bastante neste trabalho de angariar voto para Santos. Ele tem planejado, minuciosamente, como será o trabalho de cada um para conseguir auxiliar na soma de votos, sendo que irá apresentar ainda nesta semana um cronograma para cada funcionário durante a campanha política. Mas, seus planos não limitam apenas à disputa eleitoral e nem ao postulante que apóia. Ele estaria planejando alguns benefícios para Rondonópolis através do Governo do Estado, independente do candidato eleito.
Várias reuniões têm sido planejadas por Pátio, sendo que sábado, 10, houve um encontro com secretários de seu governo e coordenadores de setor e outras funções no restaurante Panela Cheia, de propriedade de Terezinha Silva, presidente do Sanear e militante do PMDB.

OS OUTROS
candidatos de Zé Carlos do Pátio para a campanha eleitoral deste ano também são do PSDB, sendo o tucano José Serra à presidência da República, e Antero Paes de Barros, ao Senado.
No entanto, não abandonou de vez o seu partido peemedebista. A dificuldade entre o filiado e sua sigla são os interesses e os princípios que são plenamente diferentes. Aliás, o prefeito de Rondonópolis está preocupado com o destino de seu partido e que, apesar de não estar disposto a apoiar candidatos da majoritária que são do PMDB, afirmou que vai apoiar os candidatos peemedebistas Carlos Bezerra a federal e Manoel da Silva Neto a estadual. Pátio teria exigido apoio de todos aos candidatos do PSDB na majoritária.

2 – O ESTADO DE
Mato Grosso apresentou mais de 400 requerimentos registrados no sistema de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os quais disputarão as vagas de governador, duas de senador, oito de deputado federal e 24 de deputado estadual. Ou seja, 35 vagas em disputa – uma média superior a 11 candidatos por vaga. Esse número pode reduzir com impugnações e eventuais casos de desistência por falta de documentação ou mesmo rejeição de registro. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), 375 são de cadastros de candidatos aos cargos proporcionais, 29 majoritários, oito coligações para proporcional, quatro para majoritária e, no cadastro de partidos isolados, constam três para proporcional e uma para majoritária.
Aliás, estão registrados como candidatos a vice-governador, na chapa encabeçada por Mauro Mendes (PSB), o deputado Otaviano Pivetta (PDT) e como candidato do governador Silval Barbosa (PMDB), Chico Daltro (PT).

O BRASIL
registrou 156 candidaturas para governo do Estado, 250 para o Senado Federal, 5.005 para Câmara Federal e 12.259 para Assembleia Legislativa.

3 – UM PROJETO
muito interessante está sendo viabilizado, o qual a senadora Serys Marly (PT) irá participar de uma discussão em Bellagio, Itália. É uma plataforma global de votação que visa combater a marginalização do processo político e campanhas milionárias.  A senadora de Mato Grosso foi  a única parlamentar da América Latina chamada para discutir modificações nos processos eleitorais mundiais. “Esta discussão se faz mais importante para o Brasil quando vemos os custos das campanhas eleitorais chegarem a patamares insustentáveis e que representam exclusão total daqueles que não possuem o poder financeiro. Quero ajudar a pensar uma outra forma de fazer política eleitoral que possa trazer para o jogo aqueles que não possuem dinheiro para se inserirem na disputa”, frisou Serys.