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Rondonópolis
, 25 maio 2024
 
 

Papo Político

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no1- CONFORME A COLUNA
havia preconizado, o que poderia ser um dos maiores trunfos da administração Blairo Maggi acabou se revelando um fiasco que pode até comprometer os projetos políticos do governador. O festival de desorganização observado no último domingo (22) em praticamente todos os locais de provas do Concurso Público mostrou aos mato-grossenses e aos brasileiros, de forma geral, uma incompetência que nem os maiores adversários conseguiram imaginar nesta gestão. O domingo acabou tragicamente histórico com o cancelamento do ‘Maior Concurso Público do País’, deixando uma nódoa que pode se tornar um marco negativo do atual governo.
O pior é que tudo isso poderia ter sido evitado com um pouco de competência e alguma humildade por parte dos organizadores. A verdade é que desde a abertura do prazo de inscrições vinham sendo registrados problemas sérios, relacionados principalmente à falta de comunicação e à arrogância dos servidores públicos encarregados de realizar o trabalho.
Este colunista chamou a atenção para o tema já na semana retrasada, tentando alertar o Governo e a sociedade para os problemas existentes e para o risco de que a situação terminasse por invalidar o Concurso. Mas o pior dos cenários acabou se concretizando, pois além dos prejuízos diretos causados aos mais de 270 mil inscritos, o cancelamento obrigará uma revisão geral dos planos da Administração e o adiamento no preenchimento das mais de 10 mil vagas ofertadas pelo Governo.
AO INVÉS DE DAR OUVIDO
aos alertas feitos aqui, e também em vários outros veículos de comunicação do Estado, os ‘responsáveis’ pelo concurso preferiram se escorar na velha arrogância e tentaram inclusive intimidar jornalistas. Na última quinta-feira uma funcionária da Unemat, identificada apenas como Geisa, chegou a ligar para um jornalista de Rondonópolis reclamando que a imprensa daqui estaria ‘espalhando que haveria desorganização no Concurso’. Ao ser informada que a imprensa não estava ‘espalhando’, mas sim ‘noticiando’ a falta de organização, ela não escondeu a irritação e desligou o telefone prometendo ligar mais tarde com provas de que tudo estaria correndo dentro da ordem. Não ligou e, no domingo, acabamos todos sabendo quem estava com a razão.
Agora o Governo precisa se preparar para a batalha judicial que certamente virá. Milhares de candidatos vão requerer na Justiça o ressarcimento dos danos que tiveram e o prejuízo não ficará apenas na devolução da taxa de inscrição. Não custa lembrar que, graças à exclusividade dada à internet, boa parte dos candidatos veio de outros de estados, gastando valores diversos com transporte, alimentação e hospedagem. Vão querer tudo de volta e não se espantem se surgirem também ações por danos morais, afinal quase todos eles se tornaram motivos de chacota ao voltarem para casa como vítimas da ‘pegadinha’ do Concurso Público.
Mais uma vez caberá aos cofres públicos, ou seja, a nós todos, arcar com a arrogância de servidores incapazes. E, desta vez, não se pode dizer que ninguém avisou.

2- O SECRETÁRIO ESTADUAL DE ADMINISTRAÇÃO,

Geraldo De Vitto, e o reitor da Unemat, Taisir Karim, definitivamente não aprenderam a lição. Mal tinham colocado o Governo do Estado na maior enrascada do gênero já vista no país, chamaram a imprensa para anunciar o que certamente será outro fiasco.  A coletiva organizada às pressas em Cuiabá repetiu quase tudo o que havíamos visto durante as provas: desinformação, arrogância e desorganização.
Geraldo De Vitto e Taisir Karim foram econômicos quando tentaram explicar a sucessão de trapalhadas que causaram o cancelamento do Concurso. Não assumiram claramente a responsabilidade pela baderna e ainda tentaram vender a idéia de que o cancelamento foi uma decisão nobre, tomada para não prejudicar os candidatos. Os dois já estão empregados e, talvez por isso, esqueceram que o maior prejuízo possível aos candidatos era o próprio cancelamento, que lhes tira, ao menos temporariamente, o direito de tentar a tão sonhada vaga no serviço público.
A aparente falta de noção sobre o que havia acontecido ficou ainda mais evidente quando o secretário Geraldo De Vitto afirmou taxativamente que o novo concurso deverá ser realizado ainda neste ano. O anúncio da nova data deverá ser feito amanhã e a preocupação é que desta vez a pressa em reparar o estrago gere problemas ainda maiores.
Ora, mesmo correndo contra o tempo do calendário eleitoral, é fundamental que as autoridades do Governo tenham cautela neste momento e, antes de qualquer coisa, identifiquem as causas dos problemas verificados no último domingo. Depois disso e de corrigirem ponto-a-ponto os problemas detectados, será preciso ainda elaborar novas provas e, principalmente, uma estratégia de guerra para garantir que nada dê errado na segunda tentativa.
O ESTRAGO JÁ ESTÁ FEITO
e pouco adianta chorar sobre o leite derramado. Agora é erguer a cabeça e tentar mostrar para todo o país que, diferente do que vimos no domingo, o Governo de Mato Grosso tem competência para organizar um Concurso Público limpo e eficiente.
3- AINDA SOBRE O CANCELAMENTO DO
Concurso, há que se dizer aqui que o secretário de Administração Geraldo De Vitto não correspondeu à confiança depositada pelo Governador Blairo Maggi neste episódio. De Vitto, como todos os outros integrantes do Governo, com um pouco de discernimento, sabia da importância política e administrativa deste concurso. Como titular da pasta da Administração, ele deveria ter acompanhado todo o processo de perto, exigindo explicações e apontando sugestões capazes de prevenir eventuais problemas.
Ao invés de um escudeiro capaz de vislumbrar problemas e adotar soluções preventivas, De Vitto não agiu diferente daqueles funcionários públicos que costumam ser caricaturados nas comédias de TV. Passou a responsabilidade para a Unemat e fazia de conta que estava acompanhando. No fim de semana passado ele chegou a conceder entrevistas garantindo que tudo estava na mais perfeita ordem e criticando aqueles que apontavam falhas na organização.
Fontes ligadas ao Palácio Paiaguás revelaram que o secretário resistiu à idéia do cancelamento do concurso até o último momento. Só cedeu após conversar com o próprio Governador que, já sabendo dos atropelos, determinou o cancelamento para evitar problemas maiores.
Blairo foi sensato, mas não se pode dizer o mesmo do seu secretário de Administração. Aliás, já crescem dentro do próprio governo as pressões para que Geraldo De Vitto renuncie ao cargo, aliviando a Administração de mais críticas e liberando o governador para nomear uma pessoa com experiência na organização de concursos. A idéia faz sentido, afinal se em mais de dez meses De Vitto não conseguiu fazer o trabalho, como poderia agora organizar um novo concurso em um prazo muito menor?
Geraldo De Vitto é um dos secretários mais próximos de Blairo Maggi e, também por isso, dificilmente o governador tomará a decisão de demiti-lo neste momento. Porém, até pela amizade que goza, é aconselhável que o secretário reavalie sua posição e deixe o cargo – de preferência levando consigo o reitor da Unemat. Permanecendo onde estão os dois manterão a própria vaidade intacta, mas deixarão aberto o caminho para o rombo ainda maior na promissora vida política do governador Blairo Maggi. É só aguardar.

4- O DIRETÓRIO MUNICIPAL DO

Partido dos Trabalhadores, promoveu também no domingo (22) as eleições para renovação de sua diretoria em Rondonópolis. No total 403 filiados votaram e elegeram a chapa encabeçada por Mauro Campos. O atual presidente, Cidão do PT, ficou em segundo lugar com pouco mais de vinte votos de diferença para o vencedor.
A eleição de Mauro representa a ascensão de um novo grupo no comando do PT, mas não deve mudar muita coisa na atuação do partido. É que a composição do diretório é feita de forma colegiada, levando em consideração a proporção dos votos dados para cada chapa. Isso garantirá a permanência de muitos dos atuais diretores, reduzindo também a margem para mudanças maiores eventualmente pretendidas pelo novo presidente.
Mauro Campos foi candidato a vereador na última eleição apoiando Adilton Sachetti e teve uma votação surpreendente, mas o partido não fez legenda para eleger um vereador. Até aqui os petistas tem adotado uma postura mais de contemplação da administração municipal, mas, mesmo sem muita autonomia, espera-se que sob o comando de Mauro Campos o partido ouse retomar uma posição de vanguarda, acompanhando, participando e estimulando as manifestações populares por melhorias na cidade.

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1 COMENTÁRIO

  1. A incompetência deste Geraldo de Vitto só é menor que a arrogância dele. Esse homem vem criando problemas variados dentro do Governo, mas sõ agora a mãscara caiu e todos estão vendo a ‘capacidade’. Duvido que ele terá a grandeza de pedir demissão, mas vamos esperar que o Governador tome a iniciativa. Se ele continuar no cargo, é porque a culpa pelas trapalhadas do concurso é do próprio governador.

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