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Blairo teria feito empréstimo fraudulento de R$ 130 milhões

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Blairo Maggi: “jamais utilizei de meios ilícitos na minha vida pública ou nas minhas empresas. Sempre respeitei o papel constitucional das Instituições e como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional” - Foto: Arquivo
Blairo Maggi: “jamais utilizei de meios ilícitos na minha vida pública ou nas minhas empresas. Sempre respeitei o papel constitucional das Instituições e como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional” – Foto: Arquivo

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP), que foi um dos alvos da operação Malebolge, deflagrada na última quinta-feira (14) pela Polícia Federal, teria solicitado ao dono do Bic Banco, José Bezerra de Menezes, que liberasse um empréstimo fraudulento de R$ 130 milhões ao então secretário de Estado Éder Moraes, para suprir um desfalque deixado pelo seu governo nas contas do Estado. A informação da Procuradoria-Geral da República (PGR) consta na decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou na operação que faz parte da 12ª fase da operação Ararath.
Conforme trecho da decisão do ministro, “o procurador-geral da República (Rodrigo Janot) sustenta que Blairo Maggi conversou diretamente com José Bezerra de Menezes, à época proprietário do Bic Banco, e solicitou que todos os requerimentos financeiros de empréstimos solicitados/intermediados por Éder Moraes fossem liberados pela instituição financeira, com o intuito de cobrir desfalque da ordem de R$ 130 milhões deixado pelo governo de Blairo Maggi no âmbito da Secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso, entre 2005 e 2006”.
Ainda na decisão do ministro, consta que durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa de Éder Moraes, foi encontrada uma “carta de fiança”, assinada por Blairo Maggi e dirigida ao Bic Banco, no valor de R$ 5 milhões, como “garantia de um dos empréstimos fraudulentos solicitados pelo grupo, utilizando-se de interposta pessoa”, nesse caso, uma empresa do ramo da construção civil.
Éder Moraes, ex-secretário de Fazenda da gestão de Blairo Maggi e ex-superintendente do Bic Banco, era o articulador do esquema, de acordo com o Ministério Público Federal. Segundo o MPF, os empréstimos eram feitos por meio das contas da empresa Amazônia Petróleo, do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, e do Bic Banco.
Na decisão de Luiz Fux, consta que vários empréstimos foram feitos junto ao Bic Banco entre 2005 e 2014 com a finalidade diferente da citada no contrato. “Os recursos provenientes dos empréstimos foram utilizados para pagamento de dívidas políticas e eleitorais dos investigados e posteriormente quitadas, de forma dissimulada, com a utilização de pessoas jurídicas diversas, ligadas ao grupo político de Blairo Maggi e Silval Barbosa”, diz.
OUTRO LADO
Em nota, o ministro nega qualquer irregularidade e disse que vai usar todos os meios legais necessários para se defender. “Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para agir de forma ilícita dentro das ações de Governo ou para obstruir a justiça. Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja ‘mudanças de versões’ em depoimentos de investigados. Tenho total interesse na apuração da verdade. Ratifico ainda que não houve pagamentos feitos ou autorizados por mim, ao então secretário Eder Moraes, para acobertar qualquer ato, conforme aponta de forma mentirosa o ex-governador Silval Barbosa em sua delação”, diz trecho da nota.

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1 COMENTÁRIO

  1. Quando uma pessoa sem recursos e sem perspectivas, com família desestruturada e círculo de amizades ruim cai no mundo do crime, é até compreensível! Mas dizer o que de um cidadão que tem mais dinheiro do que poderia gastar em 5 vidas? Triste! Decepcionante e triste!

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