O porta-voz da Rede Sustentabilidade em Rondonópolis, George Ribeiro, afirmou à reportagem que a sigla sempre primou pelas candidaturas femininas e vem trabalhando para que mais mulheres disputem cargos eletivos. A declaração é em alusão às denúncias oriundas do Ministério Público Eleitoral (MPE), onde a Rede e o PRTB são acusados de fraude que teria sido cometida nas eleições de outubro de 2016, quando os referidos partidos teriam inscrito candidaturas femininas fictícias, apenas para garantir a cota eleitoral obrigatória de 30% para mulheres.
“A Rede é reconhecida nacionalmente como uma sigla que defende na política a equivalência entre gêneros. O nosso partido foi o primeiro em todo Brasil a prevê em seu estatuto a obrigatoriedade de um porta-voz e uma porta-voz. Aqui em Rondonópolis, além da minha pessoa, a legenda tem como porta-voz a Rosineia Vieira. A Rede, quando formou coligação com o PRTB, assinou uma carta com 18 diretrizes onde cada candidato se comprometeu a cumprir em efetividade a sua candidatura”, afirmou George Ribeiro.
Recentemente, a Justiça acatou uma ação penal do Ministério Público Estadual, impetrada contra a coligação PRTB/REDE, sob a alegação da suposta fraude eleitoral. Os 32 candidatos da coligação e os membros das executivas dos diretórios dos respectivos partidos já teriam sido ouvidos pelo MPE.
O caso corre sob segredo de justiça. De acordo com o MPE, na época, pelo menos duas mulheres teriam sido utilizadas nesse suposto esquema que garantiria a participação de outros seis candidatos na coligação, que concorreu com 32 inscritos.
Caso a Justiça constate as irregularidades, a punição poderá ser a cassação dos vereadores eleitos e suplentes da coligação entre PRTB e a Rede, bem como provocar a nulidade dos votos obtidos, o que por consequência, poderia alterar o coeficiente eleitoral geral da eleição. A referida coligação elegeu dois vereadores em Rondonópolis – o Moacir José da Silva, o Bilú do Depósito de Areia e, Ronaldo Cícero Cardoso, o Roni Cardoso.
Para levantar ainda mais a suspeita do MPE, uma das candidatas não teve sequer um voto na disputa por uma cadeira na Câmara Municipal, como também não há registro de movimentação financeira da sua campanha. Sobre esse assunto, George Ribeiro disse ter conhecimento de que uma candidata em questão enfrentou problemas de saúde e outra problemas pessoais graves, durante o período eleitoral, e por isso não tiveram como movimentar as suas campanhas.
Quanto a acusação, o PRTB já apresentou defesa na Justiça.
