A ausência do presidente da Câmara de Vereadores, Ibrahim Zaher (PSD), na sessão ordinária de ontem, dia 6, impediu as duas votações previstas sobre a antecipação da eleição da nova Mesa Diretora da Casa de Leis. Por motivos de ordem familiar, o vereador não participou do plenário e as votações não ocorreram.
A etapa era obrigatória para que o projeto encabeçado pelo bloco dos onze vereadores que apoia Lourisvaldo Manoel de Oliveira, o Fulô (PMDB), como novo presidente da Casa de Leis, fosse adiante. Na sessão da Câmara de ontem, apenas a primeira votação das duas a serem realizadas estava prevista, porém, nenhuma votação ocorreu. A expectativa agora dos parlamentares é que as duas votações, ordinária e extraordinária, ocorram na próxima quarta-feira, dia 13.
Até lá, continua a novela do Projeto de Lei que prevê a antecipação da Mesa Diretora da Câmara, que tem esquentado o clima da Casa desde o início de julho. O projeto chegou a perder prazo de votação em regime de urgência, tramitou em forma regimental e foi alvo de intenso bate-boca nos bastidores políticos, numa troca de acusações que chegou até ao prefeito Percival Muniz (PPS) e demais lideranças partidárias de olho na influência eleitoral dentro da Casa neste período de campanha. O grupo, antes formado por 12 vereadores em prol da antecipação, chegou a perder o apoio do vereador Aparecido Silva, o Cido Silva (PP), que deixou o grupo em troca de apoio em sua corrida à AL nestas eleições.
Ao A TRIBUNA, Fulô havia garantido que a Casa de Leis iria “tremer” caso não fosse votado o projeto. Ontem, no começo da sessão, o discurso foi mais ameno, pois Fulô frisou o respeito às questões pessoais do presidente da Casa e disse aguardar até a próxima semana. “Já esperamos tanto tempo, não fará diferença esperarmos mais uma semana. O vereador Ibrahim Zaher precisou mesmo se ausentar hoje e nós entendemos. O fato é que o projeto será votado, se não na próxima semana, nas demais ou até no dia 20 de dezembro, como o previsto. A nova mesa será composta”, amenizou.
Ainda que aprovado o Projeto de Lei e antecipada a votação, a nova mesa diretora tomará posse normalmente, no dia 1º de janeiro do próximo ano. A situação é estritamente eleitoral, e o grupo defensor argumenta blindar a Casa ante as influências neste período de campanha.
