A possibilidade da regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ser transferido para a Capital foi motivo de polêmica na sessão de ontem da Câmara de Vereadores.
O secretário de Saúde do município, Valdecir Feltrin, antecipou que já havia encaminhado um ofício, à Secretaria Estadual de Saúde, pedindo a transferência da regulação para Cuiabá. A notícia foi publicada na edição de terça-feira do A TRIBUNA.
Hélio Pichioni (PR) foi o parlamentar que levantou o assunto. “Tenho a informação que a central vai para Cuiabá e isso para nós vereadores é um desprestígio, algo que não podemos aceitar ou admitir”, externou. “O pior de tudo é que eles [Prefeitura] tomaram essa decisão sem consultar a gente, pois essa informação saiu na imprensa”.
Pichioni avalia que a regulação por Cuiabá poderá representar um risco para quem precisa do serviço do Samu. “Quero ver o que o médico de Cuiabá vai fazer para regular um caso na Vila Olinda, por exemplo, pois ele não deve saber onde é a Vila Olinda”.
Mohamed Zaher se disse espantado com a notícia. “Eu me sinto traído, pois agora que estamos chegando nos finalmente, o secretário vem e me faz uma bobagem dessas, me sinto frustrado com a atitude do secretário e do prefeito”. Reginaldo dos Santos (PPS) também criticou a medida. “Mais uma vez fomos desrespeitados, a Câmara discutiu e votou um projeto para evitar isso”.
Manoel da Silva Neto, do PMDB, afirmou também que é contra a ida da regulação do Samu para Cuiabá. “Mas, com vários médicos pedindo exoneração, o secretário de Saúde se viu apertado para fazer a regulamentação via Cuiabá”, ponderou o peemedebista. “Quando eu achava que estava tudo resolvido, vem essa notícia sobre a regulação”, completou o peemedebista.
