Três dos quatro presos acusados de envolvimento com o golpe da liberação de casas populares em Rondonópolis, mediante o pagamento de propina, declararam à Polícia Civil que vão se pronunciar somente em juízo. Eles foram presos na tarde do dia 27 e ouvidos na noite do mesmo dia.
Os nomes dos suspeitos, divulgados pela polícia, são Cleber Alves de Lima, 35 anos; Adriana de Souza Braga, 31 anos; Homeu Carvalho Teixeira, 33 anos e seu irmão Erick Carvalho Teixeira, de 29 anos. Todos foram acusados de crimes de estelionato e formação de quadrilha.
De acordo com a polícia, um deles, o Erick Carvalho Teixeira se prontificou a falar e declarou que estava de passagem no escritório onde as pessoas foram presas. Ele negou ter participação ou intermediação nas vendas de casas populares do governo. A polícia informou que uma pessoa que não se identificou disse que teria sido indicada para procurar os suspeitos que intermediavam o esquema. O local indicado seria uma garagem de compra e venda de veículos localizada no centro da cidade.
Os acusados teriam pedido a quantia de R$ 7 mil, sendo que metade deste valor teria que ser pago à vista e o restante no momento do recebimento das chaves do imóvel. A vítima foi orientada, pela Polícia Civil, a efetuar o pagamento de R$ 3.000,00 e, no momento do pagamento, houve o flagrante realizado pelo delegado Daniel Rozão Vendramel e sua equipe de investigadores.
ENTENDA O CASO
A polícia informou que os acusados “vendiam” a promessa de intermediar a entrega de casas em conjuntos habitacionais na cidade. Eles não tinham nenhuma ligação com a prefeitura e nenhuma casa foi liberada como prometiam, uma vez que não tinham controle sobre essas moradias.
Um dos conjuntos habitacionais onde foi prometida a liberação é o Residencial Dom Osório. O esquema foi descoberto pela polícia após a prefeitura entregar o residencial para as famílias selecionadas pela Secretaria de Habitação e Caixa Econômica Federal. Isto porque as vítimas do golpe foram reclamar na prefeitura que pagaram pela liberação do imóvel no referido residencial, mas não foram contempladas na entrega.
MAIS VÍTIMAS
O delegado regional Henrique de Freitas Meneguelo informou que mais duas vítimas se apresentaram à Polícia Civil após tomarem conhecimento do caso por meio da imprensa. Ainda conforme o delegado, os quatro acusados foram encaminhados ao anexo do Presídio da Mata Grande.
O Governo Federal também tem culpa por dificultar à compra da casa própria. É mais fácil o cidadão comprar um carro zero de cinquenta mil reais, do que compra sua casa própria de quarenta mil.
Ripa nesses vagabundos, porém a maioria dessas pessoas não são vitimas, porque sabem e compram.