A delegada Ludmila Zorzetti instaurou inquérito para investigar as causas do acidente ocorrido na noite desta segunda (07/10), na Vila Aurora, envolvendo uma viatura policial – que estava em perseguição a suspeitos que estariam armados em uma moto – e um veículo Gol. Conforme foi noticiado ontem pelo A TRIBUNA, Luiz Antônio Moreira, 49 anos, que dirigia o Gol, ficou preso nas ferragens e morreu no local. Junto com ele, estava sua esposa Eliane Moreira e o filho Paulo Vitor, de 8 anos, que foram socorridos e levados para o Hospital Regional. Na viatura da PM, estavam o soldado Luís Fernando da Silva e o cabo Rogério, que também foram socorridos e levados para o HR.
Segundo a delegada, ela irá ouvir uma testemunha já arrolada no caso e as pessoas envolvidas para confrontar com o Boletim de Ocorrência e com os exames periciais. Em princípio, o prazo para a conclusão das investigações é de 30 dias, porém, a delegada adiantou que, devido a demora dos laudos médicos, o mais provável é que terá de pedir dilação de prazo para concluir o inquérito. Caso os policiais sejam considerados culpados, serão indiciados por homicídio culposo [sem intenção].
As vítimas que sobreviveram, até a tarde de ontem, continuavam internadas. Segundo informações, Eliane Moreira fraturou a clavícula e, junto com o filho Paulo Vitor, continuavam em observação no Hospital Regional.
Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Militar (PM), o cabo Rogério fraturou o fêmur e passou por uma cirurgia no Hospital Regional. O soldado Fernando, que também estava sob observação médica na mesma unidade de saúde, não teria sofrido nenhum tipo de ferimento grave.
Conforme o major Sandro, no momento da perseguição policial, a viatura estava com a sirene e o intermitente ligados. Além disso, de acordo com a assessoria da PM, o coronel Walter dos Santos e o major Sandro Barbosa estiveram no hospital verificando a situação dos policiais e das vítimas. Eles aguardam os laudos da perícia para se manifestarem sobre o assunto.
Luiz Antônio Moreira, a vítima fatal do acidente, morava há muitos anos no bairro Conjunto São José e era administrador local do guichê da empresa Andorinha no terminal rodoviário. O seu corpo foi velado na União Familiar e enterrado no Cemitério da Mata Grande, por volta das 17h de ontem.
