O secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) Luiz Antonio Pôssas de Carvalho negou a existência de uma epidemia de tuberculose nas unidades prisionais do Estado, porém, confirmou 96 casos somente na Penitenciaria Central do Estado (PCE), notificados ao Ministério da Saúde, o que, segundo ele, não configuraria uma epidemia. Em todo o Estado, são 193 casos.
Em Rondonópolis, a Justiça determinou medidas emergenciais para controlar que haja surto da doença na Mata Grande, que já conta com sete casos, como noticiado pelo Jornal A TRIBUNA no último domingo.
O secretário também informou que para evitar novas contaminações foi deflagrada anteontem (8) a “Operação Legalidade”, na Penitenciária Central com objetivo de separar os presos condenados dos provisórios.
Luiz Antonio também repassou que está tentando, em contato com o Ministério Público, a contratação de 32 médicos interinos para suprir a necessidade do sistema prisional no Estado. Em todo o Estado são 193 casos de tuberculose no sistema prisional, 96 na Penitenciária Central e 22 no Centro de Ressocialização de Cuiabá, 14 no feminino e 61 nas demais unidades do interior.
A operação também terá a função de buscar maior eficácia no tratamento aos portadores ou diagnosticados com doenças infectocontagiosas, como a tuberculose. Segundo o secretário os casos já notificados estão em tratamento para que possam ser recuperados o quanto antes. “O sistema de saúde das unidades prisionais acompanham diariamente os infectados dando suporte e tratamento adequado para que seja reestabelecida a saúde do reeducando”, afirmou Carvalho.
Possas de Carvalho também recomendou que os familiares que forem fazer visita não levem crianças, principalmente no sábado (12), que é o Dia das Crianças. A medida é para evitar o contato com os infectados. Lembrando que não é uma restrição e sim uma recomendação, pois as crianças são mais sujeitas a contágio.
Os sete servidores com casos confirmados foram liberados de suas funções para o realizar tratamento.