O réu Evair Peres Madeira Arantes, de 21 anos, apontado como responsável pelo assassinato do jornalista Auro Ida, ocorrido em 2011, em Cuiabá, foi condenado ontem a 15 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo Tribunal do Júri. O julgamento, realizado no Fórum de Cuiabá, demorou cerca de oito horas. Além do réu, que negou a autoria do crime, três testemunhas de defesa foram ouvidas, porém, o Ministério Público Estadual (MPE) entendeu que o depoimento de uma delas contribuiu para comprovar que o acusado teria cometido o assassinato, duplamente qualificado.
O defensor público Márcio Bruno Teixeira, que defende o acusado, disse que ainda irá analisar a decisão do júri, para então decidir a medida a ser tomada. Porém, durante o julgamento, ele alegou, por várias vezes, que o jovem era inocente e que não havia nenhuma prova consistente que pudesse incriminá-lo. “Essa investigação apresentou falhas, pois a própria testemunha ocular não deu certeza de que o Evair seria o executor desse crime”, pontuou, ao se referir a Bianca Nayara Correa de Souza, ex-mulher de Rubens Alves de Lima, acusado de ser o mandante do crime.
Para ele, todas as provas, assim como as interceptações telefônicas dos acusados e de pessoas ligadas a eles, citam suposto envolvimento de outros três acusados, entre eles do acusado de ser o mandante do crime, porém, o nome de Evair, segundo o defensor, não foi mencionado. “Os telefonemas não apontaram nenhuma ligação do réu. Também foi feita busca e apreensão na casa dele, da mãe dele, e nada foi encontrado”, disse.