Representantes da Ong Cantinho de Proteção Animal, Polícia Civil, Polícia Militar Ambiental e Juizado Volante Ambiental (Juvam) foram chamados na comunidade do Naboreiro, zona rural de Rondonópolis, a 35 quilômetros da cidade, na manhã de ontem (16), para apurar denúncias dos moradores relacionadas a mortes de dezenas de cães e gatos naquela localidade. A suspeita é que um morador esteja envenenando os animais.
Segundo o médico veterinário e voluntário da Ong, Érico Gundim de Morais, os moradores afirmaram que a quantidade de cães e gatos morta dava para encher uma caminhonete. “Conforme os fatos declarados pelos moradores, os animais, antes da morte, apresentavam sinais clássicos de envenenamento como incoordenação motora, granidos exagerados, movimentos de pedalagem e corriam chocando com muros e alambrados”, explicou.
De acordo com a presidente da ONG, Mirna de Castro Mendonça, o suspeito da matança dos animais “anoiteceu e não amanheceu”. A oficial da Juvam, Elza Maria do Prado, portava com ela um mandado de busca e apreensão do suspeito. Na casa dele, não havia ninguém e, por ironia, um cão vigiava a frente da residência”, conta Mirna.
Ela explicou que houve uma reunião no centro comunitário do povoado para um trabalho de conscientização sobre bons tratos aos animais.
“Foi explicada a função da Polícia Militar Ambiental, Polícia Civil e do Juvam nos casos de maus tratos aos animais. Além disso, ouvimos vários depoimentos de pessoas que perderam seus animais nos últimos dias. Um dos depoimentos mais tristes foi da agente de saúde Cida, que mora no Naboreiro há mais de sete anos. Ela perdeu sua gata de 14 anos que fazia parte da sua família e cresceu com suas filhas”, repassa Mirna.
