Polícia conclui inquérito e 2 são indiciados

Um mês  após o triplo homicídio que vitimou Crisa Renata, de 23 anos,  sua mãe Marilúcia Carvalho, de 42 e seu padrasto Lucas Valeriano, de 46, e feriu uma quarta pessoa no interior de um restaurante em Rondonópolis, a polícia conclui o inquérito que indiciou o marceneiro Paulo Henrique Cabral Cardoso, de 36 anos, como autor dos crimes e indiciou uma outra pessoa por favorecimento pessoal e ajuda na fuga do acusado. A peça policial será encaminhada hoje à Justiça. O inquérito que possui dois volumes e mais de 200 páginas, passou por vários delegados até ser relatado e concluído ontem. Começou com o delegado Antônio Carlos de Araújo, que o instaurou no dia 21 de setembro, um dia após os fatos. O delegado ouviu algumas pessoas e, posteriormente, quando se descobriu a verdadeira natureza do crime, o inquérito foi repassado à Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Mulher  por onde foi conduzido até ser concluído na noite de ontem.
A então delegada titular da Defesa da Mulher, Divina Aparecida Martins Vieira, deu prosseguimento ao inquérito que foi assumido pela nova delegada Juliana Carla Buzetti. No entanto, por conta de sua ausência da delegacia esta semana em razão de um curso de qualificação na Polícia Judiciária Civil, o caso acabou sendo relatado pelo delegado Henrique de Freitas Meneguelo.
De acordo com o delegado, foram ouvidas  10 pessoas no inquérito e anexados vários laudos periciais, como de local de crime, de necropsia, entre outros.  A novidade é que as investigações levantaram provas robustas para indiciamento por “favorecimento pessoal” – (art. 348 do CP – auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão) – , de um concunhado do acusado Paulo Henrique, que foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio. Se condenado, está sujeito a penas que variam de 12  a 30 anos de reclusão.
Paulo Henrique foi preso no último dia 9/10, num quarto de motel da cidade. O marceneiro confessou o crime, disse que estava arrependido e que matou por se sentir desprezado pela ex-companheira Crisa Renata, após o fim do relacionamento. Policiais apreenderam um revólver escondido num móvel do quarto que foi utilizado por Paulo durante os três dias em que esteve escondido até ser preso.
Por conta da situação de réu preso, o inquérito será remetido diretamente à Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, da juíza de Direito Maria Mazarelo Farias Pinto, que deverá abrir vistas ao Ministério Público para que o mesmo possa se manifestar.