Oh, amargo amor, esqueleto sem vida.
Teu pálido cadáver jaz desprezado no coração.
Um sentimento que nunca mais terá guarida.
A paixão que morreu sem nenhuma razão.
Teus olhos, agora sem brilho e vazios,
não mais refletem a chama do desejo.
De tua boca, outrora nasciam doces beijos.
Agora repousa sem vida em desalento.
Ah, cadáver do amor, que triste seu destino.
Viver na memória como um funesto desatino.
A chama que ardia, apagada por esse amor cretino.
E assim, passamos de amantes intensos e ardentes.
Para meros espectros em busca de uma chance,
de reviver a paixão que se perdeu na morte do romance.
(*) Jorge Manoel – jornalista, professor, intérprete e poeta