Ao contrário do que muita gente (ainda) pensa por estas paragens, a língua inglesa não é uma só e está longe de ser uniforme ao redor do mundo – ou, ressalte-se, tal denominação vai muito além das vertentes britânica e americana.
Se você tiver tempo hábil, disposição e uma boa conexão, dear reader, a internet – este território tão rico e tão podre de informações – pode ser uma grande aliada (ou inimiga) na sua busca por incontáveis conhecimentos linguísticos, em especial aqueles que têm algo a ver com a English language.
No entanto, longe de ser uma unanimidade, a língua inglesa é tão amada quanto odiada em diferentes partes do mundo, seja por questões históricas, geográficas, econômicas, ideológicas ou qualquer outra (falta de) razão aparente. Tudo isso misturado a conceitos como imperialismo, colonialismo, capitalismo, socialismo, nacionalismo, modernidade, pós-modernidade, etc. Now, quem me garante que o cidadão comum entende tudo isso?
De qualquer forma, o fato é que séculos e séculos se passaram e, graças à ação de nossos antepassados, a língua inglesa se espalhou pelo planeta, tornando-se um capital intelectual de todo o mundo. Uma língua franca que é mais (ou menos) respeitada ao ser utilizada (falada/escrita/lida) por diferentes povos em todos os continentes, sem exceção.
Daí nem sempre haver espontaneidade, naturalidade ou automaticidade no uso do idioma por parte daqueles que o têm como língua estrangeira, se comparados a aqueles que o têm como segunda língua ou língua oficial/nacional. Daí haver estranheza em relação a formas díspares de pronunciar certas palavras ou dizer certas expressões quando interagimos com asiáticos e africanos, por exemplo. Pelo menos na primeira vez…
Explico: no Brasil, priorizamos o inglês americano ou o britânico e raramente nos damos conta que existem também, for instance, o canadense, o guianense, o escocês, o irlandês, o indiano e o australiano. Ah, tem ainda o inglês jamaicano – tão em moda agora por causa do filme-biografia One Love, sobre o cantor/compositor Robert Nesta Marley (1945-1981), mais conhecido mundialmente como Bob Marley.
Yet, antes e depois dele, muitos outros seres humanos nasceram e morreram. A maioria sequer sabia ou precisava saber falar inglês. Hoje, porém, com tamanha globalização/alienação, é preciso ter muito cuidado com a realidade enganosa que nos é oferecida, seja ela paga ou gratuita: o mundo em que vivemos não é nenhum paraíso e a English language está fucking longe de ser a mesma onde quer que você resolva ficar ou decida visitar.
Se isso é bom ou é ruim? Dunno!
(*) JERRY MILL é presidente da ALCAA (Associação Livre de Cultura Anglo-Americana), membro-fundador da Academia Rondonopolitana de Letras (ARL) e associado honorário do Rotary Club de Rondonópolis