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Rondonópolis
, 15 maio 2024
 
 

A Desolação Arbórea em Rondonópolis

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(*) Rubens Begnossi

Em meio ao calor escaldante de Rondonópolis, somos confrontados não apenas com as altas temperaturas, mas também com a alarmante ausência de uma arborização adequada nas ruas. A poda radical de árvores, muitas vezes realizada de maneira a suprimir deliberadamente a copa sobre os carros estacionados, retrata um descaso preocupante não apenas por parte da administração pública, mas também da Energisa, a concessionária de energia, que, ao invés de organizar a fiação emaranhada e desorganizada, realiza as piores e mais radicais podas na cidade, sem qualquer cuidado ou preocupação estética.

A cidade, conhecida por seu clima excessivamente quente, deveria enxergar na arborização não apenas um luxo estético, mas uma necessidade vital para amenizar os impactos do calor e proporcionar um ambiente mais saudável e agradável aos seus habitantes. No entanto, a realidade é oposta, com a poda radical de árvores, muitas vezes deixando-as irreconhecíveis e desprovidas de sua função primordial.

Comparando este cenário desolador com a cidade de Maringá, no Paraná, percebemos uma disparidade gritante. Maringá não apenas abraça a arborização como uma prioridade, mas a encara como um investimento na qualidade de vida de seus moradores. Ruas sombreadas, parques bem-cuidados e uma abordagem sustentável transformam Maringá em um oásis verde, proporcionando não apenas conforto térmico, mas também promovendo a saúde mental e física da comunidade.

Enquanto Rondonópolis deixa de lado o verde, é impossível ignorar o fato de que as denúncias de podas radicais e até mesmo de corte total das árvores passam sem solução alguma. Há casos em que as denúncias foram realizadas, e o imóvel denunciado no centro da cidade continua sem qualquer árvore, e quando há, é uma muda tão pequena que sucumbe ao vandalismo e ao destrato dos transeuntes. Tal descuido é emblemático do desinteresse da administração pública e de empresas concessionárias, como a Energisa, em preservar e desenvolver efetivamente as áreas verdes da cidade.

A administração pública de Rondonópolis e a Energisa deveriam olhar para cidades como Maringá como exemplos a serem seguidos. A falta de planejamento e a indiferença em relação à arborização não apenas comprometem a estética urbana, mas afetam diretamente a saúde da população. Afinal, em um ambiente excessivamente quente, a sombra de árvores e a presença de áreas verdes não são luxos, mas sim necessidades básicas.

É hora de cobrarmos uma postura mais responsável por parte da gestão pública de Rondonópolis e da Energisa. A arborização não é apenas uma questão estética, mas uma medida vital para enfrentar os desafios climáticos e promover um ambiente urbano mais saudável e habitável. A população merece mais do que uma paisagem urbana árida e desprovida de sombras, assim como merece um tratamento cuidadoso e efetivo das áreas verdes, sem comprometer desnecessariamente a beleza natural da cidade.

(*) Rubens Begnossi Jr é engenheiro civil e morador de Rondonópolis há 23 anos

 

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