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Testando as águas?

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(*) Hugo Basaglia

O atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, esteve presente na cidade de Rondonópolis, onde sou cidadão. No entanto, apesar de haver por parte do atual Prefeito um “show” e picuinhas entre o mesmo e o Presidente da Câmara Municipal, irei me ater a uma análise mais profícua sobre a visita de Lula com Pátio e o que isso indica para cenário municipal.
Na minha opinião tal visita produz a possibilidade de “testar as águas” por aqui…
Explico.

Já é de conhecimento comum a afinidade ideológica de Pátio – com seu populismo tosco – com o do atual presidente do país. Por isso não seria estranho Pátio buscar atualmente a todo custo colocar goela abaixo da população rondonopolitana os ideais esquerdistas via Lula. Mas Pátio ignora o óbvio – as águas aqui são turvas.

Não esqueçamos que 64,87% de eleitorado de Rondonópolis votou em Bolsonaro. Torna-se evidente que Pátio não tem uma visão política democrática e pluralista e, sim, corporativista e reducionista. Com essa estratégia, o máximo que ele pode almejar é apaziguar o próprio grupo político de esquerda em que ele faz parte – visto as recentes brigas internas.

Pátio precisa assumir de uma vez por todas e declarar: “eu só sobrevivo na política de Rondonópolis porque pratico clientelismo rasteiro e não por convencimento de meus ideais”. Afinal, os ideais socialistas e comunistas de Pátio, por não ter aplicabilidade, o que lhe resta é chantagear a classe empresarial com vistas a colocá-la sob seus pés. Ou seja, como o próprio Pátio não é um ente produtor, ele precisa escravizar quem de fato produz no município. Eis os modus operandi de Pátio: de um lado deixa refém os mais pobres com políticas sociais morosas e malfeitas, e do outro, busca submeter a classe empresarial aos seus interesses populistas e mesquinhos. Muito diferente de como a esquerda age no país?

Mesmo com a saída de Jair Bolsonaro dos holofotes do poder, o eleitorado conservador rondonopolitano não deixou de sê-lo. Há uma maioria disposta a votar em alguém que lhe represente. E nesse campo político, a corrida para ocupar a prefeitura já começou. Porém, de princípio, ela ainda se resume em projetos pouco desenvolvidos e concentrando-se em ataques a seus concorrentes de mesmo espectro político.

Quando estive no Programa “Política para Políticos”, juntamente com Mário Mototaxi, fiz questão de citar o Plano Diretor do Município – projeto fundamental para qualquer processo de modernização. Cidades em que o fluxo de pessoas e mercadorias é moroso, é sinal de menor qualidade de vida a todos.

A pergunta que deve nortear o debate público é: “Que projeto de cidade queremos? “Quais políticas deram certo em outros municípios?”, “O que podemos aprender com as melhores cidades?”

No atual cenário em que um prefeito visa afirmar sua ideologia sem qualquer base, e do outro, líderes de direita enfrentam-se, quem perde é a população rondonopolitana.

É perceptível que as “águas” aqui escorrem para a direita, mas ainda falta-lhe um navio robusto que a percorra.

(*) Hugo Basaglia é coordenador do MBL-MT (Movimento Brasil Livre de Mato Grosso)

 

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