Ano novo, tudo novo.
Talvez o desejo sincero de alguns,
Em alguns poucos minutos.
Minutos de abraços e confraternização.
Minutos em que se fala.
Feliz ano novo, meu irmão.
Os votos são perfeitos,
O jantar, a alegria,
A cerveja, os drinks
Sempre a mesma comemoração.
Que jamais será um novo,
Meras repetições.
É mais do mesmo,
É mais de tudo que podemos imaginar,
É o desejo do bom e do melhor.
É muito dinheiro no bolso.
Saúde para dar e perder.
É mais um ano para pensar em ganhar.
O superficial.
Vão se os anos e ficamos velhos.
Não fazemos nada, e perdemos tempo.
Logo o ano ficou velho novamente.
(*) Isaías Dias é poeta e romancista, membro da Academia Rondonopolitana de Letras. Autor do romance, A Chalana do Adeus.